Operação desarticula organização criminosa que fraudava loterias da Caixa

Sob a supervisão do Ministério Público Federal (MPF) e com a colaboração do Setor de Segurança da Caixa Econômica Federal (Caixa), a Polícia Federal (PF) deflagrou hoje operação destinada a desarticular uma organização criminosa especializada em diversos tipos de fraudes. 250 policiais federais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva, oito de prisão temporária, 22 de condução coercitiva e 18 de buscas e apreensões, expedidos pelo juiz federal Leão Aparecido Alves, da 11ª Vara Federal de Goiânia. Os mandados foram cumpridos nos estados de Goiás, São Paulo, Paraná, Bahia, Sergipe e no Distrito Federal.
Requeridos pelo MPF, os mandados têm a finalidade de desarticular a organização criminosa, (investigada há dez meses), apreender provas e bloquear bens. O grupo é formado por hackers, empresários, advogados, empregados do setor de loterias, gerentes da Caixa e até por um ex-jogador de futebol da seleção brasileira.

De acordo com o procurador da República Helio Telho, que  atua no caso, as investigações mostraram que a organização criminosa, que se encontra em plena atividade, é uma autêntica “usina de golpes”. “O tempo dos seus integrantes é quase todo despendido planejando e executando novas modalidades de fraudes, voltadas à obtenção de elevados ganhos ilícitos. Aliás, o pendor para o ganho ilícito fácil por parte dos investigados, pode-se dizer, tornou-se um autêntico vício. Eles criaram uma linha de montagem de fraudes bastante diversificada e a estão mantendo a pleno vapor, com o fim de enriquecerem criminosamente.

Telho explica, ainda, que o “cardápio de fraudes” da organização criminosa é o mais variado possível, indo desde fraudes no setor de loterias da Caixa com envolvimento de gerentes do banco, passando por fraudes financeiras com o uso de páginas falsas na internet e programas maliciosos, fraudes em financiamentos bancários (inclusive com o BNDES), fraudes com uso de máquinas de pagamento com cartão de crédito, movimentação milionária de recursos no exterior, cuja origem é desconhecida, corrupção de servidores da Receita Federal e liberação fraudulenta de gravames no sistema do DETRAN.

Próximos passos – As investigações prosseguem com os depoimentos dos suspeitos e de testemunhas, análise e perícia nos dados e documentos apreendidos e cruzamento de informações, com vistas a obter provas materiais do maior número possível de fraudes praticadas. Concluída esta etapa, a PF encaminhará as provas obtidas ao MPF, que formalizará as acusações contra os suspeitos para que respondam e sejam punidos nas ações penais e nas ações por improbidade administrativa ajuizadas.

 

 

 

 

Comentarios Recentes

  1. Boa noite
    Não sei como é exatamente o esquema, mas bem que a Caixa poderia identificar o jogador com o CPF. Não fazem isso porque? porque caso o ganhador não recorra fica fácil para o governo se apropriar da parte não requerida do ganhador(e olha que isso é tão evidente, que o tempo para cobrar o premio é muito pouco). Ai entra o golpe, onde a máfia esquenta um bilhete falso para receber o indevido prêmio.
    Tudo é questão de interesse. Porque quando é do lado do contribuinte, em pagar tributos ou outra coisa, este tem que comprovar endereço, cpf, titulo eleitor, etc, etc etc…. mas quando a não identificação não interessa ao governo este faz questão de não ter a mínima identificação do contribuinte…. dessa não identificação o governo se apropria do valor não requisitado. E ai é que apareceu a oportunidade da outra turma de malandro entrar em cena e faturar em cima desta situação.
    Tomara que descubram tudo, confisquem todos os bens destes vigaristas e que eles vejam o sol nascer quadrado por muito tempo.

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