Equipe da Globo é expulsa de protesto na praia de Copacabana no RJ

Uma equipe da TV Globo foi expulsa do protesto pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) realizado neste domingo (16) na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, após gritos de “Fora Globo” puxados pelo carro de som do Revoltados Online e do Movimento Vem Pra Rua.

Os profissionais quase foram agredidos. Uma minoria tentou apoiar o trabalho dos jornalistas, mas os profissionais, xingados, foram obrigados a sair da manifestação pela Rua Bolívar, escoltados pela PM. O repórter Paulo Renato Soares e outros quatro profissionais da Globo acabaram impedidos de realizar seu trabalho.

O clima de revolta contra o PT dá o tom da manifestação. O protesto reúne diversas famílias e, principalmente, pessoas que pedem a volta do regime militar no País. Populares gritam frases contra o ex-presidente Lula e, alguns, palavras de baixo calão sobre Dilma. O juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, foi lembrado em faixas de apoio.

Faixas pedem por uma intervenção militar no País e o impeachment da presidente. O protesto, com muitas pessoas vestidas com camisas do Brasil, reúne, em sua maioria, manifestantes de mais de 45 anos, de classe média e classe média alta.

Ao todo, cinco carros de som seguem pela orla de Copacabana. Os grupos “Extermínio do Foro de São Paulo”, “Não união de combate à corrupção” e “Pesadelo dos políticos”, se reuniram em um deles e durante pronunciamentos, falaram palavras de baixo calão sobre a presidente.

A personal trainer Gilda Ramos, de 40 anos, chamou Dilma de “vaca” em resposta a um homem que se identificou como “Capitão Brasil”. José Roberto, de 51 anos, afirmou que respeita Dilma pela idade, mas que ela “não sabe de nada”.

Outro carro de som reúne manifestantes a favor de uma intervenção militar no País. Segundo esses manifestantes, muitos vestidos em trajes militares, Dilma é comunista e as escolas do País educam as crianças para serem socialistas. O grupo canta o hino nacional e o da bandeira, além de músicas contra o ex-presidente Lula.

O militar da reserva do Exército Antônio Saulo, de 63 anos, criticou a proibição do militar de se manifestar. Ele foi ao protesto com um jipe, que no bagageiro tem um boneco vestido de soldado com uma faixa que diz: “Militar é um representante do povo”.

“A faixa é só para lembrar que as pessoas do Brasil precisam de respeito, como os militares conseguiram dar o País”, dizia o comerciante Carlos Cardoso, de 70 anos.

O nome de Lula é, por muitas vezes, mais mencionado no ato do que o da própria presidente. Frases como “Lula cahaceiro devolve o meu dinheiro” e “Nossa bandeira não será vermelha”, são entoadas pelos manifestantes.

Volta da monarquia

Em um protesto marcado por pedidos de intervenção militar e impeachment, alguns resolveram se manifestar pela volta da monarquia no Brasil e carregavam bandeiras do tempo do império. Outros levaram suas panelas às ruas em sinal de revolta. “A panela está vazia porque está tudo muito caro, o alimento está caro e a inflação alta. Eu bato panela para tirar a Dilma e o PT”, declarou Maria Sales, de 45 anos.

Há ainda um grupo que pede assinaturas para tentar um projeto de lei no Congresso contra a corrupção. Além disso, muitos se manifestam a favor do juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato. Diversas pessoas carregam cartazes com a frase “Eu apoio o juiz Moro” e “#EuApoioALavaJato”

Os protestos contra o governo petista seguem País afora. Nas redes sociais, manifestantes usam as hashtags #ForaDilma e #VemPraRua e publicam diversos registros dos protestos pelo País.

Manifestantes foram às ruas em Bauru, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Brusque, Chapecó, Concórdia, Juiz de Fora, Maceió, Mogi das Cruzes, Recife, Ribeirão Preto, Piracicaba, Salvador, São José do Rio Preto, Timbó, Uberaba, Uberlândia e Volta Redonda.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: O Dia

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