Corinthians avisa CBF, Federação Paulista e Globo que não joga mais à noite e aos domingos

O Corinthians tomou uma decisão drástica nesta segunda-feira (11). Em comunicado assinado pelo presidente Andrés Sanchez, o Timão avisou que não quer jogar mais aos domingos e à noite. A informação foi dada pelo ‘Yahoo Esportes’. A razão desta medida é por conta de duas decisões recentes da Justiça que beneficiaram jogadores: o ex-zagueiro Paulo André contra o próprio Corinthians, e o volante Maicon contra o São Paulo. Eles cobraram em ações na justiça remunerações referentes a adicional noturno, domingo e feriados.

No caso do processo do ex-atleta do Timão, o Corinthians foi condenado a pagar R$ 750 mil, que serão parcelados em 15 vezes.

“Requer-se que, a partir do retorno das competições que foram suspensas e daquelas que não foram iniciadas por conta da pandemia do Covid-19, não sejam mais marcados jogos do Sport Club Corinthians Paulista à noite ou aos domingos. Na hipótese de serem agendadas partidas à noite ou aos domingos, o Sport Club Corinthians Paulista se reserva no direito de eventualmente não participar dos referidos jogos””, diz um trecho do texto enviado à Federação Paulista de Futebol, CBF e a TV Globo.

“Inúmeras são as decisões judiciais, confirmadas inclusive pelas instâncias superiores, condenando as entidades de prática desportivas empregadoras a pagar aos atletas profissionais de futebol adicionais por partidas realizadas à noite, assim como por suposta violação ao direito de repouso semanal remunerado, especialmente quando há jogos realizados aos sábados/domingos, seguidos por jogos no meio da semana e novamente no sábado/domingo seguinte”, explica outro trecho do comunicado.

A carta assinada pelo presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, irritou o Grupo Globo. O motivo foi o fato de o Timão ser um dos clubes que mais pressionam a emissora carioca a rever a redução de pagamentos envolvendo o Brasileirão deste ano, reduzidos por causa da pandemia do novo coronavírus.

No mês passado, a Globo fechou com clubes que pagaria parcelas de R$ 396,7 mil, em vez de R$ 1.5 milhão previstos inicialmente, equivalentes aos direitos de TV aberta e paga – uma queda de 73,5%. O Corinthians foi um dos clubes que mais reclamou da redução, dizendo ter compromissos a honrar. A Globo alega que a medida é importante num período de pandemia onde o futebol não está acontecendo. Em tempos de conversas cordiais na busca de uma solução, a pressão do cartola corintiano não pegou bem entre os executivos da TV.

 

 

 

 

 

 

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