Audiência da TV por assinatura cresce no período da quarentena

A presença do público em casa também aqueceu a TV por assinatura. Apesar de ter perdido mais de 1,5 milhão de assinantes de um ano para cá, o consumo dos canais aumentou em 15% no número de horas diárias, elevando de 3h10 para 3h40 o tempo médio de consumo do brasileiro por dia na TV paga.

Canais de filmes, de notícias e infantis são os mais vistos.

Segundo dados da Kantar IBOPE Media, no período de 24 de março a 5 de abril, quando todas as capitais brasileiras já estavam adotando as medidas preventivas, os canais pagos registraram cerca de 20% de aumento de audiência, tanto em relação ao mesmo período do ano passado quanto em comparação com a média de 2020.

Pontos relevantes desse crescimento:

  • O aumento de audiência dos canais jornalísticos é um ponto amplamente difundido, já, mas é interessante saber que até os jovens (de 18 a 24 anos) tiveram peso no crescimento dessas emissoras. Normalmente, o público desses canais se concentra sobretudo na faixa acima de 25 anos. A quarentena tem sido capaz de prender a atenção dos jovens por mais de 1 hora diariamente, nos canais noticiosos, o dobro do que era observado em 2019.
  • Na média do dia, os canais de notícia mais que dobram de audiência, e, na faixa vespertina, quase triplicam o percentual de assinantes ligados minuto a minuto. GloboNews, CNN Brasil e Band News estão ganhando alcance e tempo de permanência – ou seja, atraindo novos públicos e aumentando engajamento por mais tempo.
  • Mulheres de classe AB, de 35 a 49 anos, e adolescentes, são os nichos que mais acrescentaram audiência à TV paga de modo geral.
  • Os números aumentam com maior ênfase na faixa vespertina (12h às 18h), até porque é o horário que mais ganhou gente em casa. São cerca de 14 milhões de pessoas ligadas em canais pagos ao longo da tarde (700 mil a mais do que em 2019).
  •  Os jovens adultos (25 a 34 anos), adultos (35 a 49) e os maduros (50+) são os que mais se mobilizam nesse horário, principalmente para assistir aos canais de notícias que transmitem, ao vivo, quase diariamente, pronunciamentos e entrevistas coletivas de autoridades de saúde.
  • Todos os gêneros de canais ganharam audiência em pelo menos uma faixa diária, exceto os canais esportivos, que sofrem o impacto dos cancelamentos dos eventos ao vivo.
  • Os canais de filmes apresentam o segundo maior crescimento (cerca de 60%), principalmente como reflexo das aberturas de sinal de alguns canais premium. O público maior de 35 anos é o grupo que mostra os maiores índices de crescimento no consumo de filmes nesse período.
  • O crescimento do consumo de canais infantis no horário vespertino se dá não só entre crianças, mas principalmente entre adultos de 25 a 49 anos, endossando o papel de ocupar o entretenimento em família durante o isolamento social.
  • Adolescentes (de 12 a 17 anos) e os jovens (de 18 a 24) também estão dedicando mais tempo à programação de TV por assinatura. Nestes dois públicos, a faixa da madrugada (da meia-noite às 6h da manhã) tem o maior crescimento relativo, principalmente para os canais de variedades/entretenimento e filmes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Folha de São Paulo

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