Polícia Civil prende ex-jogador Roni por suspeita de fraude financeira



A Polícia Civil de Brasília prendeu na tarde deste sábado o ex-jogador Roni, que depois da aposentadoria virou empresário e abriu a empresa “Roni7” para levar jogos para outras praças do país. O ex-atacante da seleção brasileira e de Fluminense, Flamengo, Santos, São Paulo, Cruzeiro e Atlético-MG é suspeito de fraude financeira em partidas realizadas no Mané Garrincha. 

Roni foi detido em um camarote do estádio na partida Botafogo x Palmeiras junto com Daniel Vasconcelos, presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal. Eles são suspeitos de integrar um grupo especializado em fraudar os borderôs dos jogos em Brasília. Segundo os investigadores, era informado um valor de arrecadação menor para pagar menos de aluguel e impostos. 

A operação tem o nome de “Episkiros” – referência ao jogo com bola criado na Grécia antiga que deu origem ao futebol, e pode significar também “jogo enganoso” – e é realizada por agentes da Coordenação Especial de Repressão ao Crime Organizado, à Corrupção, aos Crimes contra Ordem Tributária e Administração Pública (Cercor) da Polícia Civil do DF. A investigação aponta indícios dos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, estelionato majorado e sonegação fiscal. 

– A investigação se iniciou há quase dois anos. Hoje foi o momento de deflagração devido ao momento oportuno pelo jogo em Brasília. Nossas equipes estavam espalhadas e foi feita uma abordagem simultânea da maioria dos suspeitos. Todos colaboraram, com exceção de um que tentou fuga, mas foi capturado na saída do estádio. É importante deixar claro que a investigação está em andamento e as prisões são temporárias, eles ainda são suspeitos. O objetivo da operação é buscar provas para que a gente chegue à materialidade do crime – explicou o coordenador Leonardo de Castro, anunciando os próximos passos: 

– Eles trouxeram alguns jogos para Brasília nesse período, e de agora em diante também serão apurados jogos que eles realizaram em outros locais do país. Com o material apreendido hoje, vamos conseguir chegar a um prejuízo aproximado que deram para o erário público e os clubes de futebol, dependendo do contrato que era feito entre eles. 

A 15ª Vara Federal Criminal de Brasília autorizou o cumprimento de sete mandados de prisão temporária e 19 mandados de busca e apreensão. As buscas ocorrem em Brasília, Luziânia, no interior de Goiás, e Goiânia para buscar provas nas casas dos investigados, em empresas, Federação Brasiliense de Futebol e no Estádio Mané Garrincha. 

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