Globo não consegue negociar Copa América e vai mostrar competição com exclusividade

A Globo tentou sublicenciar os direitos de transmissão da Copa América, que será realizada em junho no Brasil, mas nenhuma emissora se interessou. A rede pediu R$ 20 milhões para liberar o torneio, valor considerado alto pelas suas concorrentes, por se tratar de um evento curto e sem o mesmo impacto de uma Copa do Mundo. A crise econômica do país também foi outra justificativa para a recusa. 

O Grupo Globo comprou a Copa América por R$ 51 milhões junto à Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol). A emissora pretendia recuperar parte desse investimento e agradar à confederação, que desejava mais verba de televisão. Mas ninguém quis conversa após a Globo acenar ao mercado que estaria disposta a negociar –só a Record não foi sondada. 

A Globo pediu pouco menos da metade do que pagou para sublicenciar, mas aceitava baixar o valor proposto inicialmente. Tudo para se adequar à realidade atual da TVs brasileiras, que atravessam uma longa crise, com queda no faturamento.

A Band até se animou ao ser consultada, mas a situação financeira da emissora não permitiu sequer o início de tratativas. RedeTV! e SBT apenas agradeceram, mas não disseram que não tinham interesse na competição.

Com exclusividade a contragosto, a Globo decidiu fazer uma cobertura grandiosa do torneio continental e torná-lo uma mini-Copa do Mundo. Serão mobilizados mais de 200 profissionais somente do Esporte, sem contar as áreas técnicas e afiliadas. Em todas as plataformas, serão transmitidas 26 partidas, 11 delas na TV aberta, com exclusividade.

Além dos jogos do Brasil, a Globo vai exibir as principais disputas de outras seleções, algo incomum em Copa América –o tratamento é reservado para Mundiais. Jogos da Argentina e do Paraguai, por exemplo, serão exibidos nas tardes de domingo, no lugar do Campeonato Brasileiro, que terá uma pausa.

Entre os apresentadores esportivos, quem mais ganhará espaço será Bárbara Coelho. Além de comandar o Esporte Espetacular das cidades-sedes onde o Brasil irá jogar, Bárbara fará flashes ao vivo durante a programação para os canais do Grupo Globo, junto com Mauro Naves. 

Na escala de repórteres, irão cobrir o dia a dia da seleção brasileira os jornalistas Tino Marcos, Eric Faria, Júlia Guimarães e André Gallindo. A seleção da Argentina, que virá com Messi, será acompanhada por André Hernan. Já o time do Uruguai, dos astros Cavani e Suárez, será vigiada por Richard de Souza.

Em todas as cinco cidades-sedes (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre e Belo Horizonte), quatro equipes fixas de reportagem irão cobrir jogos e arredores das partidas. Além de entradas na Globo, os jornalistas também farão material para o SporTV, como já é praxe desde a integração do Esporte no Grupo Globo.

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