Radialista que pediu demissão de afiliada da Globo pede R$ 3,8 milhões em ação

O radialista Kaio Cezar, que pediu, ao vivo, demissão da TV Verdes Mares, afiliada da Globo no Ceará, entrou com processo contra a emissora e contra a matriz. Ele avisou que deixaria a empresa durante transmissão de edição de sábado do programa “Globo Esporte”.

Protocolado no último dia 16 de março no Tribunal Regional do Trabalho da 7º Região, em Fortaleza (CE), o processo de Kaio Cezar coloca como réus a TV Verdes Mares, a Rádio Verdes Mares, a TV Diário – emissora local que também faz parte do Sistema – e a própria emissora carioca.

O site Uol Esporte teve acesso aos autos em que Kaio argumenta que a Globo se aproveitou da força de trabalho e pouco fiscalizou a situação a que ele e seus colegas foram submetidos na TV Verdes Mares em transmissões do SporTV e do Premiere.

Kaio e seus advogados relatam no processo que o jornalista não recebeu por trabalhos que fazia na TV por assinatura, como na Copa do Mundo de 2014, cobertura em que ele ficou responsável pela coordenação de entradas ao vivo no SporTV. Segundo a ação, a Globosat repassava o dinheiro para a Verdes Mares, que não pagava Kaio.

No processo, Kaio cobra R$ 3.873.399,10, contando todos os valores de salário, diárias e pagamentos que deixou de receber, além de indenizações por dano moral, material e existencial.

Ele também pede que a Grupo Edson Queiroz e a Globo paguem todo o processo, já que ele diz não ter condições de fazê-lo atualmente por conta de problemas pessoais.

Kaio Cezar pediu demissão vivo na edição do dia 16 de fevereiro, um sábado, do “Globo Esporte Ceará”. Ao encerrar o programa esportivo, afirmou que não não abria mão da dignidade e do respeito para ficar em nenhuma empresa.

Em entrevista no dia seguinte ao ocorrido, ele explicou os motivos para ter tomado a atitude. “Olha, eu não fiz cálculo para tomar a atitude. A gota d’água foi perder espaço na TV Verdes Mares. Eu ia narrar o jogo de hoje e, no meio da semana, fiquei sabendo que não narraria mais. Dentro da empresa, era um narrador que não podia narrar. Na prática era isso. Então por que ficar? Por que não me deram as contas ou fizeram um acordo quando pedi para sair? Pedi demissão no ar porque foi a única opção que me deram”, explicou.

 

 

 

 

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