Astronauta Marcos Pontes assume cargo de ministro das Comunicações

O astronauta Marcos Pontes assumiu o cargo de ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações na manhã desta quarta-feira (2), em Brasília. O agora ex-ministro Gilberto Kassab não estava presente e a transmissão ocorreu com a presença de Alfonso Orlandi Neto, secretário-executivo adjunto.

Pontes explicou como ficará a configuração das secretarias dentro do ministério. Na parte de Comunicações, será mantido o formato atual, com as áreas de telecomunicações e radiofusão.

Uma das mudanças, segundo o novo ministro, está na parte de Ciência, Tecnologia e Inovação, com a inclusão de uma secretaria de “formação” junto à de pesquisa. Essa modificação é para tentar incluir o contato com áreas científicas durante o ensino médio, uma iniciativa que deverá ser feita em parceria com o Ministério da Educação.

“A gente quer tentar com isso promover a carreira de pesquisador, motivar jovens para as carreiras de pesquisa. E isso foi acoplado na parte da [secretaria] de pesquisa”, disse Marcos Pontes.

O plano de governo de Jair Bolsonaro já previa uma maior participação da iniciativa privada no fomento à ciência no Brasil. Pontes disse que o plano será mantido, assim como o orçamento atual para a pasta.

“Inovação a gente está muito atrás. A gente tem a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) para apoiar as inovações, mas a gente precisa da participação do setor privado. Mas como a gente vai trazer o setor privado para participar mais? Através de programas que a gente possa fazer em parceria. Existem vários modelos”, explicou.

Com relação ao financiamento de pesquisas por parte do governo, Pontes reconheceu a redução no investimento, mas diz que o sistema permanecerá igual.

“Nós temos no CNPq um problema atual de investimento, um problema de orçamento. A gente vai ter que trabalhar neste ano com o Congresso Nacional, com outras possibilidades para que a gente complete esse orçamento”, explicou.

“É extremamente importante que a gente tenha a pesquisa básica forte no país, eu tenho conversado muito com a comunidade científica para descobrir maneiras de ser um trabalho eficiente e de motivar os nossos pesquisadores para que eles fiquem no Brasil”, completou Pontes.

Carreira

Marcos Pontes ficou conhecido no Brasil e no mundo como o primeiro e único astronauta brasileiro a ir para o espaço. Durante 40 anos de carreira, Pontes foi aviador, piloto de caça e seguiu carreira militar, chegando ao posto de tenente-coronel.

Às 23h30 do dia 29 de março de 2006 (no horário de Brasília), Pontes entrou para a história como o primeiro brasileiro a voar para o espaço. Acompanhado do russo Pavel Vinogradov e do norte-americano Jeffrey Williams, ele decolou da base de Baikonur, no Cazaquistão, a bordo da nave russa Soyuz-TMA 8, com destino à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Segundo o perfil publicado no site de Pontes, ele é engenheiro aeronáutico formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e mestre em Engenharia de Sistemas pela Naval Postgraduate School, Califórnia, EUA.

Pontes entrou na Força Aérea Brasileira em 1981 e foi instrutor, líder de esquadrilha de caça e piloto de testes, com mais de 2 mil horas de voo em 25 tipos de aeronave.

O currículo do futuro ministro registra que suas funções militares se encerraram em 1998, quando ele foi selecionado por concurso público da Agência Espacial Brasileira para representar o Brasil na NASA na função de astronauta, uma carreira civil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

G1

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