TV por assinatura perde 418 mil assinantes em um ano no Brasil

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou nesta sexta, 30 de novembro, que o Brasil perdeu 418.241 contratos (o que inclui TV paga, telefonia fixa e serviço de banda larga) em 12 meses, entre outubro de 2017 e outubro de 2018. Mas quase 25% dessa redução aconteceu no último mês do balanço, entre setembro e outubro, o que pode indicar uma aceleração das perdas no setor.

Em termos porcentuais, a redução no ano foi de 2,31%.

Pelos novos cálculos, o Brasil tem hoje 17.701.082 contratos ativos com as operadoras de TV por assinatura. Isso, naturalmente, exclui serviços de streaming, como Netflix, HBO GO, FOX Premium, Globo Play e Play Plus.

Os quatro maiores grupos de TV por Assinatura no Brasil detinham 17.193.565 contratos ativos (97,13% do mercado) em outubro de 2018. São eles: a
Claro/NET com 8.760.789 assinaturas (49,49%), a Sky, com 5.242.368 (29,62%), a Oi com 1.599.090 (9,03%) e a Vivo com 1.591.318 (8,99%).

Dessas, apenas a Oi apresentou crescimento, mais 123.575 contratos (+8,38%) entre novembro de 2017 e outubro de 2018.

A Claro/NET perdeu 427.283 (-4,65%), a Vivo teve redução de 18.001 contratos (-1,12%) e a Sky ficou sem 8.939 (-0,17%) de seu bolo anterior.

A Netflix não divulga seus números e sempre dá sinais de que está crescendo no Brasil. Em alguma medida, a plataforma abocanha parte dos egressos de serviços de TV paga, mas isso, por si só, não explica as perdas de clientes do segmento de TV por assinatura, onde a maior de todas as operadoras, Net/Claro, trabalha há anos com combos que somam TV paga, telefonia e internet. Afinal, até para ver só a Netflix, o sujeito vai precisar de um serviço de banda larga e não romperá de todo com as operadoras que hoje oferecem o serviço, podendo reduzir suas contribuições ao faturamento final dessas empresas, mas ainda dependendo dos gastos com internet veloz.

A TV por assinatura cresceu como nunca entre 2010 e 2014, quando chegou quase a 20 milhões de clientes. De lá para cá, só acumula perdas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Folha de São Paulo

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