Luis Roberto é destaque nas narrações durante Copa do Mundo na Globo

Luis Roberto é, até o momento, o grande nome da Copa do Mundo da Rússia na TV. O narrador da Globo tem chamado a atenção com transmissões emocionantes, muitos bordões e bom humor de sobra. Visto no passado como sucessor natural de Galvão Bueno, Cleber Machado tem perdido espaço para Luis Roberto. Ao final da primeira fase do Mundial, nesta quinta (28), Machado terá narrado 11 partidas, contra 12 do bem-humorado “rival”.

O que ocorreria se alguma coisa impossibilitasse Galvão Bueno de narrar uma partida da seleção brasileira na Copa ? Como a crise de hemorroidas que atacou Osmar Santos no torneio de 1986? Pode apostar: Luis Roberto, no momento, seria o escolhido para a vaga principal.

Além da emoção empenhada nas partidas, Luis Roberto está fazendo uma ótima dupla com o ex-jogador Roger Flores, que caiu de paraquedas na Copa da Globo _ele integrava a equipe do Sportv e substituiu às pressas Juninho Pernambucano, que seria o comentarista titular, mas pediu demissão em maio.

Luis Roberto e Roger têm acertado não apenas na dobradinha, mas também na empolgação. A narração para o gol marcado pela Alemanha contra a Suécia, no último sábado (23), foi muito elogiada nas redes sociais. No calor do momento, o comentarista chegou a abraçar colegas sentados ao lado da cabine da Globo.

O narrador já tinha um bordão conhecido, o “sabe de quem?”, para citar os autores dos gols, e criou uma nova frase durante o Mundial: “fé no pé” sai sempre da boca de Roberto quando alguém vai cobrar uma falta. Também fez sucesso ao se referir a jogadores da França como “esses negros maravilhosos”, repetindo uma expressão que bombou na Copa de 2014.

Claro que nem tudo são glórias. Além de pequenas gafes, típicas de transmissões ao vivo, não soou nada natural a interação da dupla para divulgar as novelas da Globo  durante a primeira rodada. A iniciativa foi tão criticada que a emissora a abortou. Agora, os narradores divulgam sozinhos as tramas, como sempre foi feito.

Quem perde, quem ganha
Com o término da primeira fase do torneio, fica bem desenhado o atual cenário de transmissões da Globo. Aquele Galvão Bueno que narrava quase um jogo por dia em Copas definitivamente ficou para trás. Em 2014, já havia sido assim: ele comandou, na primeira fase, apenas as três partidas brasileiras e dois jogos da Inglaterra. Na final, entre Alemanha e Argentina, chegou a ficar rouco.

Neste ano, Galvão fez um jogo a menos: narrou apenas a abertura, entre Rússia e Arábia Saudita, e as três partidas da seleção brasileira. Ressalta-se que o narrador prometeu, em 2010, que a Copa seguinte seria sua última. Mas ele mudou de ideia e está na Rússia, mesmo que claramente poupando a voz.

Gustavo Villani, recém-chegado do Fox Sports, chegou com moral na Globo e já transmitiu oito jogos, além de participar, diariamente, do Troca de Passes, do Sportv. Villani ocupou o lugar de Alex Escobar no time de narradores, mas é a grande aposta da Globo para o futuro: ele tem 36 anos, enquanto Luis Roberto está com 57 e Cleber Machado, com 56. Tem tudo para ser o sucessor de Galvão a longo prazo.

Nem todos saíram no lucro na Rússia. Os locutores regionais da Globo, Rogério Corrêa, da Globo Minas, e Rembrandt Júnior, da Globo Nordeste, perderam espaço. Corrêa fez cinco partidas em 2014, contra apenas três neste ano. Provavelmente será escalado para algum jogo das oitavas de final.

Já Rembrandt foi para escanteio: ele fez dois jogos ao vivo na Copa anterior, mas não teve nenhuma partida transmitida pela Globo em 2018. Ficou apenas com as partidas simultâneas da terceira rodada, que são mostradas ao vivo apenas pelo Globo Play, e em compactos na madrugada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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