A vida nos canais esportivos da televisão brasileira este ano realmente se dividirá em dois momentos: antes da licitação da Libertadores e a Champions League, e outro após o resultado delas saírem.
Uma prova disto é o que aconteceu com a licitação de dois campeonatos até importantes da TV paga: o Campeonato Francês, que hoje tem o PSG de Neymar como principal atração, e o Campeonato Italiano, um dos mais tradicionais do mundo e que sempre teve boa entrada no Brasil.
A liga francesa abriu licitação para os direitos de transmissão a partir da temporada 2018/2019 em janeiro, mas nenhuma emissora fez proposta. O interesse, claro, existe. O porém é que todos os canais avisaram: estão guardando dinheiro para as licitações de Champions e Libertadores, que acontecem em março.
Com isso, a liga francesa só deve reabrir seu processo de compra de direitos em abril, atendendo um próprio pedido das emissoras com quem as negociações acontecem. Até onde a reportagem apurou, SporTV, ESPN, Fox e Esporte Interativo querem o Francês, tudo por conta de Neymar e seu apelo. Atualmente, SporTV e ESPN tem os direitos.
No caso do Italiano, o buraco é um pouco mais embaixo. A empresa IMG, uma das maiores de marketing de todo o mundo, comprou os direitos e o comercializa. A licitação foi aberta no finalzinho de janeiro e todos os canais foram convidados. Mas a história foi a mesma do Francês: antes de Libertadores e Champions, nada feito.
O Italiano só deve reabrir o seu processo também em abril, mas seu interesse não é mais o mesmo de anos atrás. Sem muito apelo, já que vive uma hegemonia e uma queda de qualidade de seus clubes, apenas dois canais mostraram interesse: Fox – que já detém os direitos de exibição -atualmente – e ESPN Brasil.
As licitações de Libertadores e Champions serão as mais acirradas e disputadas de todos os tempos. A Conmebol divulgou seu edital nesta semana, explicando exigências e regras. Já a Champions será aberta ainda neste mês de março pela TEAM, empresa que vende os direitos. Atual exibidor, o Esporte Interativo vai tentar manter a exclusividade, mas esbarra no interesse de todos os seus concorrentes.
Uol