Flamengo proíbe jornalista de fazer perguntas em coletiva

O Flamengo proibiu o jornalista Diogo Dantas, dos jornais “Extra” e “O Globo”, de fazer perguntas para o técnico Reinaldo Rueda, na coletiva que aconteceu após o treino desta sexta-feira. A primeira informação é que a ordem partiu de Antonio Tabet, vice-presidente de comunicação. Mais tarde, o clube disse que a decisão foi institucional e tomada de forma coletiva.

Na sala de imprensa, no momento em que Diogo Dantas teve negado o acesso ao microfone para fazer perguntas, estavam presentes o presidente Eduardo Bandeira de Mello, o diretor-geral Fred Luz e o diretor de futebol Rodrigo Caetano (que chegou ao fim da entrevista).

O departamento de comunicação do Flamengo informou que a proibição para fazer perguntas foi adotado apenas hoje. Outro veículo, a emissora ESPN está proibida de fazer pautas exclusivas, com acesso apenas a treinos, zonas mistas e coletivas de imprensa.

A proibição se dá por conta da linha editorial adotada pelos jornais. No dia 1º de setembro, o “Extra” publicou em sua capa que não chamaria mais o goleiro Muralha pelo apelido, mas pelo nome – Alex Roberto. A decisão, segundo o jornal, foi porque Muralha não fazia jus ao apelido. Nesta sexta, dois dias após a derrota para o Cruzeiro na final da Copa do Brasil, o “Extra” publicou, em sua capa, que o departamento de inteligência do Flamengo foi quem orientou o goleiro a pular para o lado direito em todas as cobranças do Cruzeiro na decisão por pênaltis. Em um destaque menor, o veículo adotou um tom crítico ao destacar que o vice-presidente de Comunicação do Flamengo foi às redes sociais anunciar que o clube havia assumido a liderança do ranking de clubes em base digital. O jornal, abaixo da chamada, disse: “Parece uma piada. Mas a torcida não acha a menor graça”.

Às 16h14, o Flamengo divulgou o seguinte comunicado a respeito do caso:

“O jornal “Extra”, de maneira ininterrupta, tem difamado o Clube de Regatas do Flamengo. Diferente de outros veículos, muitas matérias publicadas no jornal ultrapassam a crítica e insistem num inadequado tom jocoso. Até o editorial, espaço mais nobre e sério da publicação, já estampou deboche em relação a profissionais do clube.

Como este comportamento não condiz com o jornalismo praticado por outros veículos no dia a dia do clube, o Flamengo se reserva o direito de não atender às demandas exclusivas do jornal.

Esta decisão não tem caráter pessoal, mas, sim, institucional. E, apesar dela, o “Extra” segue tendo acesso às dependências do clube e podendo participar de entrevistas coletivas normalmente.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Globo.com

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