PM prende repórter de rádio que cobria desocupação em Belo Horizonte

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) denunciou atitude da Polícia Militar contra a repórter da Rádio Inconfidência, Verônica Pimenta, que foi detida quando cobria ação de despejo da PM na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, na segunda-feira, 20. Segundo comunicado, a entidade está tomando todas as providências para que a “ação arbitrária e ilegal” contra a jornalista seja punida.

De acordo com o SJPMG, a profissional entrevistava moradores do local quando foi surpreendida pela abordagem de policiais com forte armamento. Verônica segurava microfone com logo da emissora e portava crachá de identificação. Foi informado que um policial desligou o equipamento que ela utilizava.

Identificado como subtenente Félix, o policial determinou que a repórter se retirasse do local, o que Verônica fez ao concluir seu trabalho e dirigir-se para a área determinada pela PM. No local, ela foi novamente procurada pelo mesmo policial, que lhe disse que ela estava sendo detida por desobediência.

Verônica foi conduzida em carro da PM até a delegacia de Venda Nova, onde prestou depoimento, que foi acompanhado pelo diretor do sindicato e advogado Bruno Couto. A entidade informou que foram impedidas as presenças do presidente do SJPMG, e da advogada da Rádio Inconfidência, Luciana Mansur.

Foi marcada audiência de conciliação para agosto. Da delegacia, a jornalista seguiu para a Ouvidoria de Polícia de Minas Gerais, onde prestou depoimento ao ouvidor de polícia, Paulo Vaz Alckmim. “Não considero isso ofensa pessoal, mas atentado ao ofício de jornalista. A polícia não tem direito de fazer isso com jornalista, nem com cidadão nenhum”, disse Verônica, ao sair da delegacia.

Confira a nota oficial divulgada pela rádio Inconfidência

“A Rádio Inconfidência é solidária à repórter Verônica Pimenta, jornalista experiente, competente e comprometida com a profissão como prova diariamente nestes onze anos de serviços prestados à emissora.

Ressaltamos ainda que a Rádio Inconfidência repudia qualquer ato de arbitrariedade e cerceamento do direito de liberdade de informação.

Informamos também que o departamento jurídico da Rádio Inconfidência está acompanhando todo o processo e vai tomar as providências cabíveis”.

 

 

 

 

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