Confirmada venda da rede RBS em Santa Catarina e Boni pode assumir o comado das emissoras

Ex-todo-poderoso da Globo, José Bonifácio de Oliveira, o Boni, poderá assumir o comando das seis afiliadas da emissora em Santa Catarina. Boni, que já dirige a TV Vanguarda, em São José dos Campos e Taubaté, no interior de São Paulo, foi convidado pelos empresários Carlos Sanchez e Lírio Parisotto a dirigir a programação das emissoras que hoje formam a rede RBS em Santa Catarina.

“Me consultaram se eu gostaria de operar as emissoras”, confirmou Boni. De acordo com o executivo, ele poderá vir a ter uma participação acionária no empresarial que comandará a RBS de Santa Catarina, o NC, ou um “fee operacional”, um valor pela gestão das TVs. A decisão, de acordo com Boni, deve sair em uma reunião na semana que vem.

Boni costuma degustar vinhos com Lírio Parisotto, um dos 30 homens mais ricos do país, que tem frequentado o noticiário social nos últimos meses por namorar a ex-modelo Luiza Brunet. Boni já foi fotografado ao lado de Parisotto no jato do empresário.

Parisotto e Carlos Sanchez foram confirmados ontem como compradores das seis emissoras da RBS em Santa Catarina, além das estações de rádio e jornais do grupo no Estado. O valor não foi divulgado, mas especula-se que seja algo entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão. A operação terá de passar pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Parisotto é fundador da Videolar, fabricante de mídias virgens (como memory cards), dono da petroquímica Innova e controlador da Usiminas, uma das maiores siderúrgicas do país. Sua fortuna é estimada em mais de US$ 1,6 bilhão. É um self-made man. Até os 13 anos, viveu na roça no Rio Grande do Sul. Quase foi seminarista. Desistiu da carreira na igreja para ganhar muito dinheiro com videolocadora _e depois com a fabricação de DVDs e CDs.

Carlos Sanchez também vem de uma família humilde. Seu pai era dono de uma farmárcia em Santo André, na Grande São Paulo. Hoje, Sanchez é considerado o empresário mais influente da indústria farmacêutica do país _ele é dono do EMS, um dos maiores fabricantes de medicamentes genéricos.

Boni foi um dos criadores do “padrão Globo de qualidade” e corresponsável pela hegemonia da rede na televisão brasileira. Ele deixou o comando da Globo em 1998, quando exercia o cargo de vice-presidente de operações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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