Jornalista da CBN denuncia: Repórteres de rádio são separados por grades no Maracanã

As condições de trabalho dos repórteres de rádio na cobertura dos jogos do Campeonato Brasileiro no estádio do Maracanã são as piores possíveis. O comentarista esportivo Alvaro Oliveira Filho, da Rádio CBN, denunciou que os jornalistas são separados por grades e ficam em um pequeno espaço, distante do campo de jogo.

O fato foi registrado em uma foto tirada pelo repórter Sérgio Guimarães durante a partida entre Fluminense e Flamengo, no último domingo (6). No site da CBN, Alvaro criticou duramente a CBF pela restrição às rádios nas partidas da competição. O fato também ocorre em outros estádios do país.

“Humilhante, ultrajante. Vejam, no registro fotográfico do repórter Sérgio Guimarães, as condições a que são submetidos os repórteres de rádio para trabalhar no Brasileirão da CBF. Assim como seu antecessor, o presidente Marco Polo Del Nero deve sentir saudades da época em que a imprensa era rechaçada, censurada e torturada. São os repórteres mesmo que precisam ficar atrás das grades?”, escreveu o jornalista.

Em 2014, a CBF impôs a limitação do livre acesso de repórteres dentro de campo. Nos jogos do Brasileirão, apenas os jornalistas das emissoras detentoras dos direitos de transmissão para a TV — Globo, SporTV e Band — podem entrevistar os jogadores na beira do gramado, sendo que há um limite de duas equipes de três pessoas cada.

Já os repórteres de rádio e dos demais veículos de TV têm de aguardar o término dessas entrevistas para então atuarem. Nos novos estádios, eles só podem ter acesso aos atletas e treinadores após o término da partida na zona mista, assim como os jornalistas de veículos de internet e mídia impressa.

Em nota, a ACERJ (Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro), informou que “está ciente dos problemas e vem trabalhando para melhorar a situação dos repórteres de campo”. A entidade agendou uma reunião para discutir essa questão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Portal Mídia Esporte

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