Campeonato Brasileiro começa com quase meio bilhão de reais em patrocínios

O Campeonato Brasileiro 2015, principal competição do futebol no país, começa neste final de semana colocando em campo 40 diferentes marcas nas camisas dos 20 clubes que estão na disputa.

Espalhados pelos uniformes dos times, esses patrocinadores deverão injetar cerca de R$ 500 milhões no futebol, segundo levantamento inédito do núcleo de pesquisa da Máquina do Esporte.

A divisão de verba entre os clubes e, principalmente, de investimento entre as marcas, porém, mostra o quão dependente de “mecenas” é o mercado.

Desse total investido, cerca de R$ 130 milhões são pagos por nove diferentes marcas de material esportivo. O restante (pouco mais de R$ 300 milhões) é dividido em 31 marcas, sendo quatro delas as responsáveis por mais da metade desse investimento: Caixa, Banrisul, Vitton 44 e Tim.

A principal fomentadora atualmente é a Caixa, que detém o patrocínio máster de oito clubes, estando na lista as duas maiores torcidas, Corinthians e Flamengo.

Depois dela, a Vitton 44, que virou uma tábua de salvação dos três times do Rio (Flamengo, Fluminense e Vasco), aparece como grande apoiadora dos clubes, investindo cerca de R$ 60 milhões.

O Banrisul, com Grêmio e Inter, vem a seguir entre os “mecenas”, aportando R$ 30 milhões mesmo valor investido pela Tim. A empresa, que aparece no número da camisa de oito times, é ao lado da Caixa a que mais clubes apoia.

A concentração de investimentos em poucas marcas gera uma situação perigosa para os clubes. Caso alguma empresa decida deixar o esporte, muitos ficarão sem receita de um ano para o

O caso mais claro disso é o do Palmeiras, que tem a maior arrecadação com patrocínios além do fornecedor de material esportivo. O clube ganha R$ 50 milhões com três empresas. Duas delas (FAM e Crefisa), porém, têm o mesmo dono. Se elas saírem, o clube perde 90% do que fatura hoje.

O único clube que começa o torneio só com o fornecedor de material esportivo é o São Paulo. O clube paulista forma, com Avaí, Cruzeiro, Goiás, Ponte Preta e Santos, o grupo dos sem-patrocínio máster em seu uniforme.

 

 

 

 

 

 

 

 

Máquina do Esporte

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