Após o início de novas manifestações contra o aumento da tarifa de transporte público, em 2015, a Globo voltou a adotar medidas de segurança que já tinham sido feitas em protestos de 2013 e 2014. A emissora camuflou microfones, escondeu a sua marca, e repórteres e cinegrafistas surgiram com capacetes. Foi o caso, por exemplo, do repórter Roberto Paiva na edição desta sexta-feira (17) do “Jornal da Globo, em São Paulo. O objetivo da Globo é proteger os seus respectivos profissionais.
Entre maio de 2013 e junho de 2014, a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) contabilizou mais de 170 casos de violações contra jornalistas. No período, profissionais da imprensa foram agredidos por policiais e black blocs,um cinegrafista da Band foi morto depois de ser atingido por um rojão, carros de reportagem foram depredados,um veículo da Record incendiado e, às vésperas da Copa do Mundo, a correspondente da CNN,Shasta Darlington, atingida por estilhaços de bomba.
A Abraji também disponibiliza para download em seu site o “Manual de Segurança para Cobertura de Protestos”. “O guia foi elaborado a partir de entrevistas com repórteres agredidos, presos ou hostilizados durante os protestos que tomaram as ruas a partir de junho de 2013.”
Protesto
O segundo ato organizado pelo Movimento do Passe Livre contra o aumento da tarifa de transporte público terminou em confronto entre polícia e manifestantes na noite desta sexta-feira (15). PMs reagiram a um rojão, que teria sido lançado por um dos manifestantes, dando início à confusão. Pelo menos 15 pessoas foram presas.
A manifestação aconteceu próximo à sede da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, e reuniu cerca de duas mil pessoas.
Uol.