O humorista e ator vencedor do Oscar Robin Williams morreu na segunda-feira (11) após ter aparentemente se enforcado em sua casa, na Califórnia, e não deixou um bilhete de suicídio, segundo informou a polícia do condado de Marin nesta terça (12), em entrevista coletiva.
Ele tinha 63 anos.
Sua morte aconteceu cerca de um mês após o ator, que lutava contra a depressão e tinha problemas com drogas e álcool, ter se internado numa clínica de reabilitação para se manter sóbrio.
Williams estava “inconsciente e sem respirar” quando os paramédicos chegaram em sua residência, na cidade de Tiburon, depois de receberem um chamado emergencial às 11h55 do horário local (15h55 de Brasília).
O ator teve asfixia e foi encontrado pendurado, com um cinto ao redor do pescoço, afirmou o tenente Keith Boyd à imprensa. Ele estava vestido e levemente suspenso numa posição sentada.
Boyd afirmou ainda que as investigações sobre a morte de Williams continuam e que exames toxicológicos serão feitos, mas que os resultados podem levar algumas semanas até saírem.
Williams foi indicado quatro vezes ao Oscar e venceu o prêmio em 1998, por seu papel em “Gênio Indomável”. Recentemente, ele atuou ao lado de Sarah Michelle Gellar na série de comédia “The Crazy Ones”.
Ele deixou a mulher, a designer gráfica Susan Schneider, e três filhos —uma deles, a também atriz Zelda Williams, que deixou uma mensagem de despedida para o pai em sua página no Twitter, que cita uma passagem do livro infantil “O Pequeno Príncipe”, de Antoine De Saint-Exupery (1900-1944).
“Você – você sozinho terá as estrelas como ninguém… E eu estarei morando em uma delas. Em uma delas eu estarei rindo. Quando você olhar para o céu à noite, será como se as estrelas estivessem rindo… Você – apenas você – terá as estrelas que podem rir”, diz o trecho escrito pela filha de 25 anos.
Folha de São Paulo