A CBF sofreu um furto durante a entrevista coletiva de Luiz Felipe Scolari, na última sexta, em Miami. Após as declarações do treinador da seleção brasileira, uma câmera filmadora foi tirada de um pedestal onde estava posicionada. Um jornalista brasileiro, radicado nos Estados Unidos, foi acusado de ter sido o autor da infração.
O incidente ocorreu no início da tarde, no hotel onde a seleção estava hospedada. Em uma sala pequena, dezenas de jornalistas se aglomeraram para ouvir as últimas palavras de Luiz Felipe Scolari antes do amistoso contra Honduras, neste sábado.
Antes do início da entrevista, um funcionário da CBF posicionou a câmera na direção do treinador, com o intuito de registrar as suas declarações. De acordo com a assessoria de imprensa da entidade, quando Felipão terminou de falar, o jornalista Eduardo Meireles teria pegado o equipamento.
Meireles é freelancer, vive em Boston e estava trabalhando para a rádio 650, da cidade americana, embora estivesse credenciado por outra emissora. Interpelado por funcionários da CBF, ele teria entrado em um banheiro do hotel, local onde mais tarde a câmera seria encontrada.
A entidade acusou o jornalista ao acessar o conteúdo gravado pelo equipamento, que não teria sido desligado no momento do furto. As imagens mostram que Meireles recolhe a câmera quando esta é derrubada no chão por um terceiro, mas a reposiciona no local onde ela estava. Momentos depois, porém, a câmera é retirada do pedestal, aparentemente por Meireles.
O jornalista nega que tenha sido o autor do furto. Segundo Meireles, que conversou com a reportagem por meio de uma representante, uma outra pessoa teria cometido o delito, apontando, na sequência, câmera em sua direção.
A CBF abordou Meireles novamente horas mais tarde, já no estádio Sunlife, onde o Brasil fez seu último treino antes de enfrentar Honduras. Acusado com base no vídeo, o jornalista foi abordado pela polícia, retirado do local e perdeu sua credencial para a partida deste sábado. Meireles nega ter confessado o crime, mas não deu detalhes sobre a razão pela qual não quis se defender no momento da acusação.
Como a CBF não prestou queixa, Meireles não foi detido.
Uol.