Profissionais de imprensa enfrentam fila de 4h na retirada de credenciais no DF

Os profissionais de imprensa que foram cobrir a partida entre Santos e Flamengo, no domingo, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2013, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, amargaram uma fila de mais de quatro horas no sábado para obter a credencial que lhes daria direito de entrar no estádio na hora da partida.

O jogo de estreia de paulistas e cariocas no Brasileirão foi a primeira partida oficial de grande porte no Mané Garrincha, que foi construído a um custo superior a R$ 1,5 bilhão (o mais caro estádio da Copa do Mundo de 2014) pelo Governo do Distrito Federal e será o palco da abertura da Copa das Confederações, com o jogo Brasil e Japão, no próximo dia 15 de junho.

Quem responde pela organização da partida é a FBF (Federação Brasiliense de Futebol). Neste sábado, para cumprir a missão de distribuir credenciais a jornalistas já cadastrados, a entidade contou com a ajuda da Secopa-DF (Secretaria Extraordinária da Copa em Brasília)  e da ABCD (Associação Brasiliense dos Cronistas Desportivos).

A reportagem do Uol esporte, que ficou por 3h45 na fila por sua credencial, que era distribuída em uma sala do ainda existente canteiro de obras do estádio Mané Garrincha neste sábado, perguntou aos funcionários que ali se encontravam o motivo da demora na entrega do documento. Ninguém soube responder.

Havia quatro pessoas da FBF para entregar a credencial aos jornalistas, mas o trabalho, que teve início mais de três horas depois do horário anunciado, era feito a apenas um jornalista por vez. Ou seja, quatro funcionários da FBF uniam esforços para lograrem êxito na hercúlea tarefa de entregar uma única credencial por vez.

Além da demora, outros incidentes ocorreram durante a entrega das credenciais. Jornalistas que eram amigos de funcionários do governo do Distrito Federal foram retirados da fila, para receberem antes suas credenciais, conforme testemunhou  a reportagem do Uol esporte.

Por causa disso, alguns profissionais de imprensa que aguardavam há horas se revoltaram e passaram a questionar, aos gritos, os organizadores brasilienses. Alguns, mais exaltados, deram início a uma confusão, que teve empurra-empurra e xingamentos.

Pior mesmo aconteceu com jornalistas que, após permanecerem na fila por cerca de quatro horas, foram informados que suas credenciais não estavam ali, e que eles deveriam voltar no dia seguinte pela manhã para obter o documento. O motivo alegado por funcionários da Federação Brasiliense de Futebol: as credenciais não haviam ficado prontas porque a gráfica não teve tempo de imprimir (!). Imagina na Copa.

O fotógrafo Orlando Brito, 63, já cobriu quatro Copas do Mundo em sua carreira e esteve no Mané Garrincha em busca de sua credencial neste sábado. Ele se mostrou surpreso com a desorganização até no credenciamento da imprensa. “É uma pena que um estádio tão bonito esteja aparelhado com essa qualidade de serviço e suporte. Se depender da organização que estamos vendo agora, nossa Copa do Mundo vai ser um fracasso”.

Torcedores também sofrem

A desorganização e a fila observadas na entrega das credenciais são as mesmas que foram vistas durante toda a semana na venda dos ingressos para os jogos, com os preços entre R$ 160 e R$ 400.

Na última quarta-feira, em um ponto de venda no Brasília Shopping, no centro da capital federal, a fila de torcedores em busca de ingresso avançava para a calçada fora do shopping center.

“Não tem problema, é uma felicidade enorme poder assistir a um jogo do Flamengo aqui”, comemorava Gilberto Luiz de Souza, 33, funcionário público. “Encaro a fila que for para ter essa alegria e de quebra ainda conhecer o estádio”, disse ele, que já esperava na fila havia mais de duas horas e não havia chegado à metade.

Quem preferiu comprar sua entrada pelo site ingressorapido.com.br também enfrentou demora, lentidão e queda de serviço ao longo de toda a semana. Na última sexta-feira, quando foram buscar seus ingressos em um ponto de entrega anunciado pela Secopa-DF, esses torcedores enfrentaram mais uma fila de duas horas apenas para retirar o produto que já haviam comprado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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