Show de Paul McCartney: Fãs fazem plantão em hotel à espera de astro

Fãs de diferentes gerações apareceram no Castro’s Park Hotel na expectativa de ver o ex-Beatle Paul McCartney na manhã deste domingo (5). Uma das informações era de que ele não chegaria com sua equipe de 120 pessoas, no início da tarde, mas iria diretamente para o Estádio Serra Dourada na segunda-feira, dia do show, e só se hospedaria na suíte presidencial do hotel após o espetáculo.

O show do astro inglês provocou uma manhã atípica no hotel, que ficará quase lotado com a equipe técnica de McCartney e teve sua segurança redobrada. Além de realizar revista nos funcionários com detector de metais, o hotel restringiu a entrada no lobby e circulação no espaço aos hóspedes.

Com 60 anos, Wilma Regina Pena, de Santa Catarina, lamentava estar de partida para sua terra natal. Após o café da manhã, no qual “não teve a sorte de ver Paul”, ela fechava sua conta juntamente com amigas participantes do 17 Congresso Soroptimista, que reuniu 200 mulheres atuantes no voluntariado e em obras sociais de todo o Brasil. “Acho que o Paul McCartney, setentão, é um exemplo a ser seguido. Ele está de parabéns pelo trabalho que nos faz reviver uma época maravilhosa e porque nos ensina como continuar a viver, e muito bem”, comenta.

A estudante Rochelle Albert, 19, foi a primeira fã a fazer plantão na grade de proteção montada na fachada do hotel, que também ganhou banner de boas vindas com a imagem do astro e a expressão I Love Paul. Debaixo do sol forte, a jovem usava camiseta alusiva aos Beatles e  carregava um ukulele, pequeno instrumento musical conhecido como violão havaiano, usado por Paul durante a interpretação da canção Something. “Eu queria chegar perto dele e agradecer pelo seu legado maravilhoso. Sou fã do Paul desde os cinco anos e meu avô, que também adorava, tinha vários discos”, conta.

Voltando ao Brasil pelo quarto ano consecutivo, Paul McCartney reservou algumas surpresas para as quase 53 mil pessoas que foram à abertura de sua nova turnê na noite de sábado (3), no Mineirão, em Belo Horizonte.

Nas 36 músicas que apresentou, o ex-Beatle não foi louco de desprezar os hinos de sua ex-banda. “Let It Be”, Hey Jude”, “Get Back”, “Yesterday”, “Paperback Writer” e mais algumas compareceram para transformar o estádio num grande karaokê.

Mas McCartney tirou algumas coisas do fundo do baú, como “Lovely Rita”, que apareceu no bis. Extraída do clássico “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” (1967), é uma canção que ele poucas vezes apresentou nos shows de sua já longa carreira solo.

A escolha de “Eight Days a Week” para abrir a noite também foi um tanto inusitada. É mais uma canção beatle que McCartney não costuma contemplar muito no repertório ao vivo.

Aos 70 anos, ele esbanjou disposição em duas horas e 35 minutos de show. Brincou, rebolou, deu autógrafo na barriga de uma das fãs que chamou ao palco e falou muito, principalmente frases em português que lia em uma folha colada no chão, junto ao pedestal de seu microfone.

Atendendo à campanha “Fala UAI, Paul!”, que bombou nas redes sociais, McCartney disse não só “Uai”, mas também “Ô, trem bão!”, expressões típicas de Minas Gerais.

Com sua banda constante na última década, ele empolgou o público e fez as tradicionais homenagens a John Lennon, George Harrison, sua ex-esposa Linda McCartney e a atual, Nancy. Prometeu voltar a Belo Horizonte diante de um público que, extasiado, quer muito acreditar nisso.

A turnê continua com shows em Goiânia, na segunda-feira (6), e em Fortaleza, na quinta (9). Depois McCartney segue para datas nos Estados Unidos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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