Record Rio afirma que demissão de 30 jornalistas é “questão estratégica”

A Record Rio afirma que as 30 demissões de jornalistas e repórteres cinematográficos feitas pela emissora no final de março fazem parte de uma “questão estratégica” e diz que o cenário é consequência do crescimento acelerado dos últimos anos. O Ministério Público do Trabalho vai abrir dois inquéritos para apurar os cortes. Fontes internas revelaram ao Comunique-se que, no total, a empresa dispensou aproximadamente cem funcionários de diversos setores, como administrativo, financeiro e recursos humanos.

Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder explica que os sindicatos regionais querem entender o porquê das dispensas. “Fizemos uma denúncia no Ministério Público e a expectativa é de que a Record seja autuada e explique as razões das demissões”.

Representantes sindicais se reuniram com o procurador Carlos Augusto Sampaio Solar, na 1ª Procuradoria do Trabalho, e dois inquéritos devem ser abertos. Em casos de demissões em massa, a empresa deve negociar junto ao sindicato para minimizar os danos. Além disso, o veículo será processado por fraude trabalhista, por contratar parte dos funcionários como pessoa jurídica (PJ).

Segundo fontes internas, foi dada preferência por demitir funcionários com idades avançadas. Três jornalistas pediram para sair e fizeram acordo com a Record: o chefe de redação, Guilherme Arruda, a editora do ‘Jornal da Record’, Maria Paula Güttler, e o repórter cinematográfico Eusébio Gomes. O profissional mais antigo de empresa também foi demitido. Marcelo Vieira, o ex-editor de texto do ‘Cidade Alerta’ do Rio de Janeiro, tinha 23 anos de emissora.

Aos funcionários, a Record não deixou claro o motivo das demissões. Para alguns, disse que não teria dinheiro para pagar os salários e, para outros, alegou incompatibilidade na função exercida na emissora. Os pagamentos eram feitos em dia, segundo fontes ouvidas pelo Comunique-se. No mês de fevereiro, entretanto, ocorreu um atraso de dez dias na reumuneração que deveria ser feita a PJs.

Após os desligamentos, a diretoria da empresa se reuniu com funcionários que permaneceram em seu quadro e afirmou que não haverá mais cortes. Em contato com o Comunique-se, a Record Rio informou que “a decisão é uma questão administrativa interna e estratégica. As demissões são ajustes normais de uma empresa que cresceu de forma acelerada nos últimos anos”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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