Assassinato de Valério Luís: Delegada pede que justiça não solte M Sampaio

Em coletiva concedida no final da tarde desta segunda-feira (04/02), a Titular da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), Delegada Adriana Ribeiro pediu à Justiça Goiana que não libere o empresário Maurício Borges Sampaio, 54, preso por força de um Mandado de Prisão Temporária na tarde do último sábado sob suspeita de ser o mandante do assassinato do cronista esportivo Valério Luiz, que foi executado a tiros ao sair da rádio em que trabalhava no Setor Serrinha no dia 5 de julho no ano passado. A delegada disse ainda que o autor confesso do crime, Marcos Vinícius Pereira Xavier, 28, reclamou que está sendo ameaçado de morte.

Maurício Sampaio, que segundo as investigações teria por intermédio do motorista Urbano de Carvalho Malta, 33, contratado o Sargento Djalma Gomes da Dilva, 37, e Marcos Vinícius para executar Valério Luiz, está depondo desde as quatro horas da tarde, mas a própria delegada afirmou ter certeza de que ele irá negar o crime. Mesmo assim, diante da informação de que advogados do empresário já estariam tentando junto ao Tribunal de Justiça a concessão de um Habeas Corpus para liberá-lo, Adriana Ribeiro solicitou a compreensão dos Desembargadores. “Vamos aqui pedir um voto de confiança na Polícia Civil, em todo o trabalho que desenvolvemos em mais de seis meses. Estamos cruzando informações importantes, já sabemos de negociações em dinheiro e as escutas nos mostram indícios fortes da participação do empresário na trama, portanto precisamos dele preso para esclarecermos alguns pontos que ainda estão obscuros”, relatou a titular da DIH.

A delegada disse ainda que parte da família de Marcos Vinícius está sob proteção policial, uma vez que ao confessar o crime na sexta-feira, o açougueiro afirmou que temia pela vida dele, da mulher e filhos. “Ele recebeu sim ameaça de que se contasse alguma coisa seria executado”, contou. Adriana disse ter informações seguras que se as prisões não tivessem sido decretadas no final da semana passada, Marcos Vinícius e outras pessoas seriam assassinadas nos próximos dias. Para matar o cronista esportivo, o açougueiro contou ter recebido R$ 9 mil de Urbano, que teria vigiado Valério Luiz ao permanecer durante mais de 30 dias em uma casa que fica em frente à rádio em que a vítima trabalhava, imóvel este que pertence à Maurício Sampaio.

 

Delegada afirma que há provas suficientes contra Maurício Sampaio

Após um depoimento de aproximadamente duas horas, o  ex-dirigente do Atlético-GO, Maurício Borges Sampaio, principal suspeito de ser o mandante do assassinato do radialista Valério Luiz, deixou a Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) pela porta dos fundos e foi transferido para o Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia (GO). Acompanhada do pai, a viúva de Valério, Lorena Oliveira, que estava na especializada, chamou o empresário de “assassino” diversas vezes durante a transferência.

De acordo com a titular da DIH, Adriana Ribeiro, Maurício continua negando participação no crime, mas, segundo ela, não há dúvidas de que ele tenha sido o mandante. Adriana afirmou que existem provas suficientes contra Maurício.

“Espero que a Justiça dê um voto de confiança à Polícia”
Ainda segundo a delegada, para chegar aos envolvidos no crime, inclusive ao mandante, foi realizado um trabalho em conjunto entre a Polícia Civil (PC) e o Ministério público Estadual (MP-GO). Foram recolhidas provas e houve quebra dos sigilos bancário e telefônico dos participantes.

A titular da DIH disse aos jornalistas que não acredita que o suspeito vá confessar o crime. “Ele deve continuar negando, mas está tudo muito bem provado. Espero que a Justiça dê esse voto de confiança à PC e não dê a ele o habeas corpus de imediato”, disse.

Outros envolvidos
Autor confesso dos disparos, Marcos Vinícius, conhecido como Marquinhos, vai permanecer na DIH. É o que afirma a delegada. “Ele será ouvido novamente”, diz. De acordo com ela, trata-se de um matador de aluguel e ele estaria, inclusive, envolvido em outros homicídios.

 

 

 

 

 

 

 

 

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Comentarios Recentes

  1. Finalmente o assassinato de meu colega de profissão, o radialista Valério Luiz, começa a ser esclarecido, ou vem se confirmando aquilo que imaginávamos, com a prisão de quatro pessoas, inclusive de Maurício Sampaio, que até o ano passado era o homem forte do Atlético Clube Goianiense. Um riquíssimo no dinheiro, sendo empresário em vários ramos, inclusive dono de rádio. Lamento tudo o que aconteceu, e repudio o fato de alguém aproveitar o título de líder em minha Igreja para causar uma polêmica desnecessária. O Padre Luiz Augusto, da Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, em Aparecida de Goiânia, esteve na prisão para, segundo ele, dar uma benção no empresário e levar uma palavra de fé e de esperança. Ato louvável, pois Jesus veio para os pecadores e impuros, porém no calor das prisões e investigações não é o momento para tal. O padre que, há quase dois anos, jogou o povo contra o Arcebispo Dom Washington Cruz, porque foi transferido de paróquia, coisa corriqueira e normal na Igreja, aprontou mais uma, indo visitar o acusado de mandante do assassinato no momento em que o pai de Valério, o também radialista Manoel de Oliveira estava no local. Mané, como é chamado, ficou chateado e perguntou com muita razão porque o padre não rezou por Valério e família no seu velório, alegando que a Igreja deve tratar todos iguais. É verdade, a Igreja tem essa missão de tratar todos de forma igualitária, afinal, Deus não faz distinção de pessoas. O problema é que nós insistimos em cair nas tentações, como a vaidade, agindo com estrelismo naquilo que fazemos, a desobediência às hierarquias e o tratamento a alguém de forma diferenciada, devido ao seu poder aquisitivo. A Igreja não pode responder, nem ser culpada por esses atos pessoais. Nem tenho o direito de julgar e reprovar a pessoa do padre. Só quero manifestar que não aprovo ele tomar algumas atitudes precipitadas, com interesses pessoais, usando o nome de minha Igreja, como no momento de sua transferência e no Caso Valério Luiz. Que Deus ilumine o referido padre, para que ele cumpra o seu papel, com o comportamento assumido e bem esclarecido no dia de sua ordenação. Diga se de passagem, ele já demonstrou saber ser um ótimo sacerdote em outras ocasiões. Que o nosso PAI conforte os familiares do meu colega assassinado, resgate os corações dos culpados e que nos dê sabedoria para analisarmos nossas atitudes e oferecermos o melhor de nós em prol da Paz.

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