Rádio 730 afirma que faz a cobertura normal no caso Valério Luiz

Confira o editorial postado hoje no portal 730.com  :   

Caso Valério: a verdade real e a investigação surreal

A Rádio 730 e o portal730.com.br fazem a cobertura normal do caso Valério Luiz. Não houve, em nenhum momento, sequer intenção ou gesto de esconder os fatos. O que a 730 evitou foi dar publicidade a fofocas, principalmente as originárias de irresponsabilidades nas redes sociais. Alguns autores de textos no Twitter e no Facebook, mesmo recém-acusados de crimes e contravenção, ficaram os últimos dias, e até meses, exigindo que a rádio tripudiasse acerca de caluniados. A campanha contra a 730 advém das ligações familiares de Maurício Sampaio com um dos diretores da emissora. Maurício foi preso ontem pela Polícia Civil e a 730 noticiou o fato com o devido destaque.

Grande parte dos profissionais da 730 trabalhou ao lado de Valério Luiz e alguns até hoje atuam na televisão com seu pai, Mané de Oliveira. Por amizade e por desejar que a verdade triunfe, os jornalistas e a direção da rádio e do portal torceram o tempo todo para que a Polícia Civil e o Ministério Público desvendassem a tragédia. Ao que parece, isso ainda não ocorreu, conforme admitem os próprios delegados que investigam o caso. O assassinato de Valério nunca foi tabu na programação da emissora, que não censura tema algum, muito menos a morte de um colega. Em diversos editoriais, a 730 cobrou das autoridades a solução dos homicídios em Goiás, 3 mil nos últimos três anos, inclusive o de Valério. Nosso Estado sedia uma carnificina e as autoridades simplesmente lavam as mãos com o sangue dos goianos.

Mané de Oliveira é um cronista respeitado e admirado. A sua dor, exposta diariamente, é proporcional a alguém que perdeu um filho, ainda mais de forma tão trágica. É justa e necessária, além de emocionante, a sua luta em favor de resultados da investigação. A morte de um filho é tão brutal que descumpre o ciclo natural do ser humano. No caso de Valério, foi mais traumática ainda devido às circunstâncias. Portanto, Mané de Oliveira está correto. Erradas estão as autoridades, principalmente as da polícia, em não perseguir todo viés na apuração do caso. Imagens da televisão mostram Mané de Oliveira chegando ao local do assassinato pouco após a tragédia. Foram cenas emocionantes de um pai vendo o corpo do filho estendido no chão. Aos prantos, Mané de Oliveira dizia saber quem havia matado seu filho. É inteligível que o pai reaja assim, pois seu sofrimento é impossível de descrever. Impossível de entender é que a polícia tenha levado seis meses para assumir que ficou o tempo todo martelando no que Mané de Oliveira não levou seis minutos para afirmar. Ao fazer isso, a polícia semeou a dor em pelo mais uma família, a de Maurício Sampaio. Ao prenderem Sampaio, as autoridades pensaram que agradariam a Mané e à sociedade. Imaginaram errado. O que satisfaz a sociedade, inclusive aos familiares das vítimas, é a verdade. E à verdade real não se chega para saciar a sede por manchetes, mas esgotando todas as possibilidades de investigação.

As amizades que Maurício Sampaio cultivou no mais de meio século em que mora em Goiânia são grandes nos mais diferentes órgãos da imprensa goiana. A nenhum profissional da mídia, inclusive na 730, Maurício pediu para evitar divulgação do Caso Valério. O que é fato, é fato e vira reportagem. Mas também é fato que a polícia produziu, em 20 mil dias de trabalho (cerca de cem profissionais durante quase sete meses), uma peça considerada frágil até pelos integrantes da segurança pública. Tanto que se manifestam de forma reticente, pois sabem das debilidades que serão atacadas pela defesa. (Leia Advogado aponta “inconsistências” em inquérito)

Há quem afirme que a polícia atuou em quatro frentes, mas quem já leu o inquérito diz que houve apenas um alvo, o chamado “grupo do Atlético”. Por esse raciocínio, o homicídio de Valério obrigatoriamente teria sido traçado por algum dirigente do clube. Foram nominados três, o deputado federal presidente do Atlético, o coronel diretor de comunicação do clube e o empresário Maurício Sampaio. Para demonizar a figura de Sampaio, foram criados os boatos, alimentados pela falta de provas que a polícia não conseguiu colher. Diziam que Sampaio havia fugido para uma fazenda no Texas, uma estação de esqui no Chile ou qualquer outro lugar bem longe de onde ele sempre esteve, sua casa no Setor Oeste. O mandante escolhido pelos mexericos foi o mandante protagonista da investigação. Tanto nos documentos que deveriam fundamentar sua prisão quanto no inquérito, não há uma só prova, segundo informa um de seus advogados.

Para atender a uma agenda de prisões, que obrigatoriamente deve coincidir com o calendário oficial do governo de Goiás, implantou-se a dor em mais uma casa, a casa de Maurício Sampaio. A ela se somam outras 1.500 apenas de 2010 para cá. A lei não consegue conter esse disparate, só o bom senso e a competência para investigar. Enquanto ambos ficam mais distantes que o Texas e os Andes, espalha-se o sofrimento entre as famílias dos mortos e dos que nada têm a ver com os casos, como os defensores afirmam estar acontecendo com Maurício Sampaio.

 

 

Editorial escrito pelo diretor de Jornalismo da rádio 730, Nilson Gomes, e publicado no portal 730. Maurício Sampaio é dono da Rádio .

 

 

 

 

 

 

Comentarios Recentes

  1. nÃO DÁ PRA RIR SEU NILSIM, COMETÁRIO ASSIM CHINFRIM JAMAIS SERÁ UM EDITORIAL DE RESPEITO OU ADMIRADO POR UM SER HUMANO BEM INFORMADO DE UMA MENTE LIVRE E DESCOMPROMISSADA, É ISSO AÍ NILSIM… GARANTA O SEU EMPREGUINHO NA RÁDIO k, AFINAL VC NÃO TEM CHANCES EM OUTRO LUGAR.

  2. Bom dia a todos

    Ao meu ver, não só nesse caso, a 730 está com um jornalismo tendencioso muito fácil de perceber, mesmo aos olhos de leigos.

    Até.

Adicionar Comentario

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.