Assassinato de Valério Luís: Possível mandante pode fugir do país

 O provável mandante do assassinato do cronista esportivo Valério Luiz, morto no dia 5 de julho do ano passado, em frente à rádio onde trabalhava, pode fugir do país a qualquer momento. O suspeito é um empresário muito rico da capital e teria uma fazenda de criação de gado no Texas, nos Estados Unidos.

O suspeito também teria mais de 200 imóveis em Goiânia, inclusive em frente à Rádio 820, onde Valério trabalhava e foi morto ao sair. O empresário teria um faturamento mensal de mais de R$ 2 milhões por mês em seu ramo de negócio. Um dos acusados que foi preso pela Polícia Civil na manhã de hoje alugou outra casa nas proximidades da rádio para não levantar suspeitas.

O Brasil e Estados Unidos têm acordo de extradição e seria o caso de apreender o passaporte do empresário.

O açougueiro Marcos Vinícius, conhecido como Marquinhos, confessou a execução da morte do jornalista Valério Luiz de Oliveira em interrogatório prestado na manhã desta sexta-feira (1º/2) na Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH).

A informação foi passada pelo delegado-geral da PC, João Carlos Gorski, que aventou a possibilidade de propor a delação premiada para que ele aponte o mandante do crime. Marquinhos será interrogado novamente no período da tarde.

Outros dois envolvidos, um sargento da Polícia Militar e um homem identificado como Urbano, também foram presos. No caso de Urbano, o caderno Bastidores do Jornal Opção havia noticiado em primeira mão seu envolvimento, bem com sua relação direta com o empresário apontado nas investigações como sendo o mandante do crime, que por sua vez é o proprietário das residências em que Urbano ficou para investigar a rotina de Valério Luiz até a consumação do crime, ao lado da Rádio Jornal 820, na Rua Teixeira de Freitas, no Setor Serrinha.

Pela manhã, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão nas três residências. No local, foram recolhidas câmeras de vigilância.

Atualizado 15:50

As pessoas que participaram da articulação para matar o radialista e comentarista esportivo Valério Luiz podem ter recebido R$ 200 mil. Dos 200 mil reais não se sabe, até agora, quando recebeu o réu confesso, o açougueiro Marcos Vinicius. Ele não pode mais ser apontado como suspeito, e sim como acusado.

Com a possibilidade de delação premiada, Marcos Vinicius, autor direto do assassinato, pode revelar mais detalhes de como foi contratado por Urbano — que, como sabem policiais, não tem dinheiro (como os R$ 200 mil) suficiente para contratar um pistoleiro. Ele teria sido apenas o agenciador. Urbano, apontado como uma espécie de faz-tudo, trabalha exatamente para o empresário que é o principal suspeito de ter encomendado a morte de Valério Luiz.

Da Silva foi preso porque estava trabalhando, em tempo integral, para destruir as provas e, com isso, atrapalhando o trabalho da polícia. Ele seria muito ligado a um oficial da PM.

A pergunta que não quer calar: a Polícia Civil vai chegar ao mandante do assassinato, o empresário que todos conhecem, mas, por receio de processo, ninguém menciona o nome? A Polícia Civil, com uma atuação impecável, sabe que venceu apenas o primeiro round. O mandante do crime está de volta para o segundo round.

A polícia precisa ter muito cuidado para que bagres não assumam sozinhos um crime cometido a mando de tubarões. A polícia, o Ministério Público e a Justiça.

Atualizado 19;50

Numa entrevista à TV Record, o delegado Wellington Carvalho disse que o empresário Maurício Sampaio, titular de um cartório em Goiânia, é suspeito de envolvimento no assassinato do comentarista esportivo Valério Luiz, em julho deste ano, na Capital.

O ladrão de carros e açougueiro Marcos Vinicius Pereira Xavier citou que o mandante do crime é o patrão de Urbano. Maurício é apontado como “patrão” de Urbano, embora não tenha sido apresentada prova do fato.

Há um detalhe que liga Maurício Sampaio a Urbano. Segundo o Ministério Público e a Polícia Civil, a casa de onde Urbano fez a campana para registrar a rotina de Valério Luiz — nas proximidades onde Rádio Jornal/820 — é de propriedade do cartorário Maurício Sampaio.

Maurício Sampaio não foi localizado pelos meios de comunicação para apresentar sua versão dos fatos. Ele estaria conversando com seus advogados para definir uma linha de ação.

O empresário M. S., embora tenha contratado advogados experimentados, inclusive desembargadores aposentados e um escritório de advocacia especializado em questões criminais, estaria tentando arranjar um jato para sair do Brasil.

Ele estaria tentando fugir para o Chile. É importante que a Polícia Civil, com o apoio da Polícia Federal, consiga detê-lo.

O assassino confesso de Valério Luiz, o açougueiro e ladrão de automóveis Marcos Vinicius Pereira Xavier, de 28 anos, admitiu que o “patrão” de Urbano encomendou o crime. Há indícios de que Marcos Vinicius rompeu o pacto de silêncio que havia sido combinado e de que não quer “pagar” sozinho pelo crime.

Há motivos de sobra para pedir a prisão de M. S. Ele estaria conversando com seus advogados, com quem está reunindo desde cedo, para traçar a linha do que vai dizer, caso seja preso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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