A partir de janeiro Rafael Cortez do ‘CQC’ vai para Record

Neste fim de mês, Rafael Cortez, 36, aposentará a gravata, o terno preto e os óculos escuros, figurino que o acompanhou na televisão nos últimos cinco anos.

“Talvez o use em casamentos ou velórios”, brinca.

Considerado o bom moço do “CQC”, ele é o terceiro humorista a deixar o programa -segue a trilha Danilo Gentili e Rafinha Bastos.

E nesse voo solo também está trocando de emissora. A partir de janeiro, migrará da Band para a Record, canal com o qual assinou contrato de um ano e em que comandará o reality show “Got Talent”, da Fremantle.

“Recebi algumas propostas, e a da Record me agradou logo de cara. Não foi só o dinheiro”, afirma ele, que se diz fã do gênero show de calouros desde a infância por causa de apresentadores como Flávio Cavalcanti (1923-1986) e Silvio Santos.

“O ‘Got Talent’ recebe talentos que vão do canto ao circo, passando por bandas completas. Envolve um jogo de cintura. Eu quero falar com o povão, entendeu?”.

Sucesso em mais de 40 países, o reality substituirá o “Ídolos” na programação da emissora em março de 2013.

Atualmente em sua quinta temporada, a atração tem apresentado baixos índices no ibope e de repercussão.

“A audiência vai ser uma preocupação, mas não agora. Quero fazer um bom trabalho e me divertir.”

Sobre a possibilidade de encontrar uma nova Susan Boyle -cantora que participou da versão britânica da atração, em 2009-, Cortez faz piada: “Tem umas mulheres gordas desgrenhadas como ela, mas com a voz e o cristal na garganta não sei. Tomara que sim”.

DESPEDIDA

A promoção de repórter para apresentador não o fez perder o contato com a realidade. “Não vou entrar na paranoia de ter de ser melhor que o [Marcos] Mion e o [Rodrigo] Faro. Sinto um grande estímulo por tê-los como referência, o que não significa que vá copiá-los”, afirma.

“Também não tenho nada para oferecer de muito inédito, não estou com nenhuma pretensão sofisticada”, completa ele, que, antes da fama, se dividia entre shows noturnos em um restaurante, contações de histórias para crianças e peças de teatro.

Sobre a saída do “CQC”, Cortez afirma estar dividido. “O ‘CQC’ é como a quinta série. Todos somos moleques. Depois do bullying, rolaram abraços e carinhos e muita saudade. A gente ficou muito entrelaçado depois desses cinco anos.”

A primeira temporada de “Got Talent” vai durar três meses. Depois disso, Rafael Cortez estará à disposição da Record. “Temos outros projetos, mas estou focado no programa.

Aceitaria fazer novela, menos de época. Ia me embolar nos diálogos.”

 

 

 

 

 

 

Folha .com

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