Assassinato de Valério Luís: Prisões podem ser feitas a qualquer momento

O governador Marconi Perillo convocou o ex-deputado estadual e radialista Manoel de Oliveira para dizer-lhe que a polícia está inteiramente empenhada na busca e captura dos assassinos de seu filho, o radialista e comentarista esportivo Valério Luiz. O tucano-chefe ofereceu proteção policial e Mané  aceitou. Tudo indica que “aliados” do assassino estão monitorando seus passos.

Primeiro, Manoel foi assaltado — os criminosos estavam estranhamente cientes da morte do comentarista esportivo e falaram sobre o assunto. Depois, motoqueiros atiraram no clube de Manoel de Oliveira. Curiosamente, os atiradores levaram os cartuchos (possivelmente têm registro).

Depois de um levantamento exaustivo, a Polícia Civil deve pedir no máximo em 15 dias (a operadora de celular Claro estaria impedindo o acesso a alguns dados e deve ser acionada judicialmente) autorização da Justiça para prender quatro pessoas. Um empresário, milionário, teria encomendado a morte de Valério Luiz. Um oficial da PM supostamente teria convocado um subordinado e este teria indicado o nome do pistoleiro, que seria um policial militar — cabo ou soldado — considerado altamente periculoso.

Os militares estariam preocupados, pois temem além de perder o emprego (o oficial estaria cogitando aposentar-se) serem presos e não têm recursos para pagar advogados experimentados. O empresário já teria contratado duas bancas de advogados — das melhores — e não estaria dando assistência para seus parceiros.

Comenta-se que o empresário e o oficial-agenciador não estão falando mais a mesma “língua”.

 Delação premiada para assassino de Valério Luiz

O pistoleiro que assassinou Valério Luiz estaria inquieto — sentindo-se acuado, sobretudo porque finalmente entendeu que, além da polícia, até pessoas comuns sabem que ele é o autor do crime.

O assassino descobriu óbvio: não tem advogado, enquanto o mandante contratou um dos melhores bancas de advocacia do Estado.

O pistoleiro, se for preso, deve ser condenado a pelo menos 18 anos de cadeia. Se estiver disposto a colaborar, revelando seus parceiros no crime — o empresário e o policial que o contrataram e o agenciaram —, sua pena possivelmente ser reduzida. A delação premiada pode ajudá-lo.

Mas será importante que faça isto rápido. Pois seja considerado de alta periculosidade, seus contratantes, notadamente o policial, é ainda mais perigoso. Noutras palavras, o assassino está correndo risco. As queimas de arquivo são frequentes no ramo da pistolagem para empresários e policiais poderosos.

Polícia Federal pode investigar caso Valério Luiz

Delegados acreditam que a investigação detida do caso Valério Luiz vai revelar outros crimes. “É importante apertar o cerco sobre os assassinos de Valério Luiz para que se possa descobrir outros cometidos pelo pistoleiro”, diz um delegado.

O delegado da Polícia Civil goiana diz que, como possivelmente há policiais militares envolvidos na morte de Valério Luiz e provavelmente há uma redes de outros crimes, será importante pedir o apoio da Polícia Federal para complementar as investigações. “Não será nenhum desdouro para a Polícia Civil trabalhar ao lado do setor de Inteligência da Polícia Federal. Sei que o secretário de Segurança Pública, até por ser delegado da Polícia Federal, dificilmente a convocará. Mas, se quiser levar as investigações a fundo, talvez tenha de fazê-lo. É preciso admitir que a Polícia Civil, apesar de eventuais entreveros, tem forte ligação com policiais militares”, frisa o delegado goiano.

O delegado recomenda que, apesar das garantias dadas pelo governador Marconi Perillo, o pai de Valério Luiz, o comentarista esportivo Manoel de Oliveira, deve procurar o Ministério da Justiça e formalizar suas preocupações. O policial afirma que as delegadas Adriana Accorsi e Adriana Ribeiro, além de decentes, são competentes. “Mesmo assim, deveriam pedir o apoio da Polícia Federal, antes que o caso fique ainda mais intrincado.”

 

 

 

 

 

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