Rádio aposta na internet para crescer num mercado cada vez mais competitivo

Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Emissoras de Radiodifusão (Abert) mostra que 91,3% das rádios brasileiras têm sites e que 84,1% transmitem seus programas pela internet. Também revela que recursos extras como exibição de imagens do estúdio, por meio de webcasting (12%), e hospedagem de vídeos relacionados à emissora (23%) são cada vez mais utilizados. A venda de espaços publicitários nas páginas da rede é uma estratégia já usada por 24% das rádios.

De acordo com o presidente da Abert, Daniel Slaviero, os dados mostram que o rádio aposta na internet, no uso de recursos multimídia e na mudança de hábitos de consumo de informação para crescer num mercado cada vez mais competitivo.

“Se, de um lado, a popularização da internet e das novas mídias amplia a concorrência, de outro, temos certeza de que possibilita que o rádio vá mais longe, conquiste mais ouvintes, atraia novos anunciantes”, afirma.

Foram consultadas 435 emissoras, de 26 estados e do Distrito Federal, o que representa 10% do mercado de rádios comerciais no país. O levantamento, realizado entre julho e agosto deste ano, é um dos mais abrangentes sobre o meio rádio. Rio Grande do Sul (16%), São Paulo (14%) e Minas Gerais (12%) são os estados com maior participação. Amapá, Roraima e Tocantins são os menos representativos (0,2%, nos três casos).

Boa parte dos dados colhidos refere-se a faturamento. A média mensal das rádios brasileiras, em valores atualizados para dezembro de 2012 é de R$ 59.656. A maior fatia desse valor (81,55%) vem de anunciantes locais. Para Slaviero, o dado revela uma característica dominante do rádio, “a forte relação com o mercado local e a independência financeira de governos”.

O setor também é responsável por gerar 65 mil empregos diretos. Em média, cada emissora emprega 15 funcionários. Em relação à cobertura, a maioria das rádios (20%) informou alcançar entre 100 e 200 mil pessoas. O percentual é próximo dos que disseram cobrir entre 200 e 500 mil (19.8%) e dos que ficam entre 50 e 100 mil (17.8%). As rádios com cobertura restrita, de até 10 mil habitantes, são minoria (3.4%) entre os que responderam. Já as que atendem mais de 1 milhão de pessoas são 8.6%.

As regiões do país mostraram ter níveis parecidos de uso de tecnologia, faturamento, geração de emprego e cobertura. Porém, o Norte apresentou algumas discrepâncias em relação às demais localidades, talvez em função do número da amostra.

Acesse abaixo a íntegra  da pesquisa:

Textos
Gráficos

 

 

 

Assessoria de Comunicação da Abert

Comentarios Recentes

  1. Infelismente quem mais gosta de r´dio mesmo não é mais contemplado por suas programaç~ões, pois a muito tempo o rádio não é feito mais para o ouvinte, mas sim o ouvinte tem que engolir uma música por exemplo e 30 minutos de comerciais e podemos observar que quem gosta de rádio está partindo para as radios webs onde a música rola sem muito blablablá. Outro dado interessante é que a 20 anos atrás, era muito difícil fazer rádio e o comunicador se dedicava em ir na discoteca e pegar um disco para atender ao ouvinte e hoje com muito mais facilidade, as programações são preparadas por um programador que nem sabe o que o ouvinte realmente quer ouvir atendendo apenas os enteresses comerciais, é o fim do rádio por paixão.

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