Assassinato de Valério Luís: Ex-vice-presidente do Atlético depõe sobre morte de radialista

O ex-vice-presidente do Atlético-GO, Maurício Sampaio, depôs na manhã desta sexta-feira (24) na Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), em Goiânia. O depoimento do ex-dirigente rubro-negro faz parte das investigações que apuram o assassinato do cronista esportivo Valério Luiz, morto no dia 5 de julho em frente à Rádio 820 AM, onde trabalhava. O depoimento durou mais de três horas.

Sampaio chegou à delegacia ao lado de três advogados e não falou com a imprensa em nenhum momento. Segundo a titular da DIH, Adriana Ribeiro, Maurício não é considerado suspeito e foi depor apenas como testemunha. De acordo com a delegada, o ex-vice-presidente do Atlético-GO foi chamado por ser alvo de duras críticas de Valério. Sampaio garantiu que não tinha nenhum tipo de relação com o cronista.

“O depoimento dele acrescentou muito nas investigações. Ele disse que tomou conhecimento do assassinato através da imprensa e que não tinha nenhuma relação com ele. Ele estava tranquilo, calmo, e foi chamado aqui só como testemunha mesmo. Nós o chamamos pelos comentários que o Valério fazia e pela carta que foi endereçada aos veículos onde Valério trabalhava” explicou a delegada Adriana.

A carta à qual Adriana se refere é a proibição emitida da entrada de equipes da rádio 820 AM e da PUC TV nas imediações do Atlético-GO. A carta foi assinada por Maurício Sampaio e por Valdivino de Oliveira, atual presidente do clube. Valério Luiz trabalhava nas duas emissoras e um comentário feito por ele motivou a proibição.

“Na televisão, o Valério teria feito uma crítica dura em cima dos diretores do Atlético-GO, ao dizer que eles estavam conduzindo muito mal o clube. Ele teria dito a frase ‘quando o navio está afundando, os ratos são os primeiros a sair’. Essa frase foi uma forma simbólica para se referir às saídas do Maurício Sampaio e do tenente-coronel Urzêda, que haviam deixado o Atlético-GO”, esclareceu Adriana.

Na mesma época em que Maurício Sampaio deixou a vice-presidência do Atlético-GO, o tenente-coronel Wellington Urzêda saiu do cargo de diretor de Relações Públicas do clube. De acordo com a delegada, há muitos pontos do depoimento que contribuíram para a apuração do caso, mas não podem ser revelados.

Próximos depoimentos
Para a próxima semana estão previstos mais depoimentos de diretores ligados ao Atlético-GO. Na próxima segunda-feira (27), o diretor de futebol do clube, Adson Batista, deve ser ouvido. O depoimento do presidente Valdivino de Oliveira, antes marcado para esta quinta-feira (23), deve ocorrer somente na próxima terça-feira (28). O tenente-coronel Urzêda também deve depor na próxima semana.

Segundo Adriana Ribeiro, “as investigações estão bem adiantadas”. Na tarde de quinta-feira, ela se reuniu com o governador Marconi Perillo e com o pai de Valério Luiz, Mané de Oliveira, no Palácio das Esmeraldas. No encontro, Mané pediu atenção do estado para o caso. A delegada-geral da Polícia Civil em Goiás, Adriana Accorsi também participou da reunião.

 

 

Comentarios Recentes

  1. Acho é engraçado o Mané de Oliveira ficar pedindo ajuda ao Marconi Perillo.

    O nosso governador está mais perdido que cego em tiroteio. Suspeita-se que o mesmo já utilizou muito dos serviços desse grupo de extermínio da PM-GO. E por isso, tanto o governador, qtos vários deputados e outras autoridades comem nas mãos deles. Tanto é que aqueles treze PM’s que a PF prendeu acusados de formarem um grupo de extermínio foram todos soltos.
    O povo esquece que teve até comitiva paga pelo estado de Goiás no valor de quase 10 mil reais para que advogados, deputados (isso mesmo minha gente – DEPUTADOS) e outras autoridades irem visitá-los na penitenciária de Campo Grande-MS. Ficou claro que o governo tem o rabo preso com esses bandidos.
    Engraçado também foi o deputado entrevistado:
    “Estou aqui porque sou a favor dos direitos humanos”
    O povo é trouxa d+ !!!

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