De acordo com o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, o resultado sobre o levantamento das dívidas da entidade a ser feito por uma comissão aprovada na reunião desta terça-feira (3) deve sair em 30 dias. O dirigente calcula que o C13 tenha R$ 50 milhões para distribuir aos clubes, porém, grande parte deles devem à entidade. Os valores correspondem às antecipações dos direitos de televisão e aos empréstimos bancários.
Por outro lado, Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, saiu fortalecido do impasse envolvendo a venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Aliado da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e da Globo, Andrés é visto como provável substituto de Koff no C13 ou em outra entidade que poderia ser criada para representar os clubes.
Nos bastidores, todavia, vários dirigentes criticam o presidente do Corinthians por falar muito com a imprensa ao fim da reunião. Andrés também é criticado veladamente pelos colegas por mudar constantemente de opinião.
A queixa mais ácida é em relação às pretensões políticas do mandatário corintiano. Parte de seus aliados no esvaziamento do C13 avalia que ele adotou antes da hora uma postura de candidato à presidência de uma futura Liga.
Por isso, alguns dos cartolas que estão ao seu lado acreditam que Andrés agora não tenha pressa para a oficialização do fim do C13 ou para destituir Fábio Koff. Apostam que seria mais vantajoso para ele arrastar o processo até dezembro.
Os grandes devedores do Clube dos 13 são os clubes cariocas. O Flamengo, por exemplo, deve cerca de 30 milhões de reais. O Botafogo não fica muito atrás. Já Palmeiras, São Paulo e Atlético/PR têm crédito com a entidade.
IG Esporte, Marcel Rizzo e Paulo Passos.