Sócio da RedeTV! chama manobra da Globo de “excrescência”

Em entrevista, Marcelo de Carvalho, sócio da emissora, classificou a manobra da Globo com relação a disputa pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro.
“A RedeTV! irá lutar até o final pelos seus direitos. Esse negócio que a Globo fez é uma absurda aberração jurídica e, se existir um pingo de apreço pela legalidade neste país, essa negociação toda será declarada inválida”, disse o executivo e também apresentador.
O argumento de Marcelo de Carvalho é que a Globo concordou com a ideia de uma licitação em 2010, quando assinou um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Com a licitação já em andamento, a emissora carioca anunciou que negociaria separadamente com os clubes.
O sócio da RedeTV! entende que a Globo aguardou a proposta da sua empresa para, então, negociar oferecendo valores maiores. “O que prevaleceu foi uma empresa que, sacanamente, esperou a concorrência terminar, soube o preço pago e foi individualmente atrás de cada clube oferecer um preço maior a eles”, disse Marcelo de Carvalho.
“Vai haver uma audiência pública daqui a 15 dias no Senado, e nós estaremos lá com câmeras abertas e com todos os argumentos possíveis para protestar contra isso, que no nosso ponto de vista é uma excrescência”, avaliou Marcelo de Carvalho, que também descartou qualquer tipo de acordo com a Globo.
“Jamais procuraríamos [a Globo]. Nós compramos um toca-fitas em uma loja autorizada. A Globo comprou um toca-fitas na galeria Pajé. Nós participamos de uma licitação e ganhamos essa licitação”, concluiu.
“A proposta da RedeTV é juridicamente perfeita e queremos fazê-la valer. Estamos ciente de que, desde o início, fizemos tudo de acordo com a determinação do Clube dos 13. Não trabalhamos com a possibilidade de ficar sem as transmissões do Campeonato Brasileiro”, enfatiza Américo Martins, superintendente de jornalismo e esportes da emissora.
Recorrer à justiça, por enquanto, não está nos planos da RedeTV!. A emissora prefere continuar conversando com os clubes nacionais aguardar os desdobramentos do caso e, quando (e se) necessário, deverá acionar os órgãos competentes para fazer valer o seu direito.

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