A presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo pode rever o cronograma de implantação do sistema de TV digital no país. A declaração foi feita após o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Alexandre Slaviero, cobrar o adiamento dos prazos por considerar que muitas localidades ficarão sem sinal televisivo com o fim da transmissão analógica.
Dilma e de Slaviero se reuniram durante a abertura do 27º Congresso Brasileiro de Radiofusão, realizado em Brasília nesta semana. O presidente da entidade destacou que o processo de desligamento do sinal analógico está se mostrando mais complexo que o previsto. “Quero deixar claro que não estou defendendo que o sinal analógico não seja desligado. O que a Abert quer é que o cronograma seja reavaliado diante da conjuntura atual”, declarou.
A presidente afirmou que acha que o cronograma se ajusta. “Dificuldades se superam sempre que se estabelece diálogo adequado entre os segmentos que estão envolvidos nessa questão”. A petista enfatizou a necessidade de garantir que pelo menos 93% dos domicílios estejam aptos a utilizar o sinal digital. “Para isso, mais de 11 mil geradoras e retransmissoras do país precisam ser atualizadas”.
Ministro das comunicações, André Figueiredo também esteve presente no congresso e, em seu discurso, reconheceu que o ajuste no cronograma pode ser necessário. “Nós faremos qualquer tipo de ação para dialogar incansavelmente com todos os setores. Nenhuma decisão será tomada sem discutir exaustivamente com os radiodifusores”.
Pelo cronograma estabelecido, o sinal analógico será desligado no fim deste ano, em caráter experimental, e se estenderá até 2018. Dessa forma, apenas domicílios equipados com receptor de sinal digital terão acesso à TV aberta.