CNN Esportes S/A aborda o crescimento do surfe e as esperanças do Brasil para os Jogos Olímpicos

CEO da WSL, a Liga Mundial de Surfe, Ivan Martinho fala a João Vitor Xavier no CNN Esportes S/A que vai ao ar neste domingo (7), às 21h15, na CNN Brasil.Com sete dos nove títulos mundiais já vencidos por brasileiros, o país tem hoje ao menos quatro atletas de destaque nessas competições. “Mais do que esporte da moda, é o esporte da década”, diz ele.

No seu diagnóstico para explicar tantos êxitos, Martinho detalha a importância da disciplina como aliada de talento, capacidade e acompanhamento médico de uma geração que soube fomentar o apoio empresarial para assegurar patrocínio para cada trajetória, dentro e fora da água. “Tem as competições, estrutura, espaço ocupado na mídia que foi crescendo todos esses anos nessa última década, e que cria um interesse de marcas e de parceiros comerciais associarem as suas imagens a um esporte tão vencedor”.

“O bom surfista de Maresias ou da Barra de Tijuca, de Saquarema, não necessariamente é um bom surfista no Havaí. Ele precisa saber treinar aquela onda específica para conseguir performar. Conseguiram isso através do suporte econômico, patrocinadores, alguns estados que apoiam através da lei de incentivo, bolsa esporte, mas também um esporte bem estruturado que foi capaz de atrair a atenção da audiência e consequentemente atenção de patrocinadores”, explica o CEO.

Quanto custa a temporada para um atleta de ponta no circuito internacional?

Martinho calcula que cada uma das 11 etapas que compõem o circuito ao redor do mundo consuma ao menos US$ 5 mil, podendo chegar a US$ 8 mil.

E a premiação é igualitária para homens e mulheres: o campeão e a campeã recebem US$ 100 mil cada um, relata ele, que durante o programa revela ainda quanto um atleta pode acumular ao longo de várias etapas e com apoio de patrocínios.

Para ele, todos os surfistas brasileiros dessa geração “romperam a barreira do esporte e passaram a se tornar um personagem social capaz de atrair a atenção de gente que não sabe nada de surfe”. “O Felipe, o próprio Ítalo, o Adriano, mas também o Iago, também a Tati, a Luana, a Tainá e muitos outros atletas. O Caio Ibelli, muitos outros atletas que fazem parte dessa geração vencedora e que contam as suas histórias, que mostram que sim, o surfe, como qualquer outro esporte de alto rendimento requer disciplina.”

O executivo sublinha também a questão do meio ambiente como fator diretamente atrelado ao surfe, o que só valoriza a importância da modalidade no mundo de hoje, tão pautado pela relevância da sustentabilidade.

Olimpíadas

Sobre os Jogos Olímpicos que vêm aí, lembra que Ítalo Ferreira conquistou a primeira medalha olímpica de ouro e que tão importante quanto a exposição do surfe brasileiro na França é a capacidade de reter parte dessa audiência para o circuito Mundial, que acontece em todo o ano. “A delegação brasileira vai com seis atletas para as Olimpíadas de Paris, a maior delegação do mundo”, afirma. São eles: Gabriel Medina, Felipe Toledo, João Chianca, Tati Weston-Webb, Luana Silva e Tainá Hinckel.

“Acho que eles chegam cheios de motivação. Primeiro para manter a medalha de ouro no Brasil, e depois para, quem sabe, completar o pódio”, confia.

Martinho fala ainda das boas condições atuais de Medina e do avanço da presença feminina na modalidade brasileira, trazendo detalhes sobre o que nos aguarda nos Jogos de Paris.

O CNN Esportes S/A vai ao ar aos domingos, às 21h15, na CNN Brasil

 

 

 

 

 

 

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