A Rádio Jovem Pan demitiu quatro jornalistas após as eleições do último domingo,30, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Sila (PT) foi eleito para o terceiro mandato. Lula assume a Presidência na República no dia 1º de janeiro de 2023.
Os jornalistas demitidos pela Jovem Pan fizeram críticas ferrenhas ao petista durante a campanha eleitoral. Segundo a emissora, os profissionais foram demitidos porque será feita uma reformulação no quadro de colunistas.
Augusto Nunes, Guilherme Fiuza, Caio Cappola, Guga Noblat são os demitidos. Nesta terça-feira,1º de novembro, a jornalista Carla Cecato , que foi apresentadora dos programas de televisão de Jair Bolsonaro , também foi desligada dos quadros da empresa.
Jovem Pan
Rádio, canal de televisão e uma das páginas mais acessadas no Youtube, a Jovem Pan é um conglomerado de mídia que se posiciona próxima ao bolsonarismo. Após o TSE informar a vitória de Lula, a emissora publicou um editorial em que, diferente do candidato derrota Bolsonaro, reconheceu a conquista do petista.
No texto, a empresa também reforça os apoios à democracia e as pautas relacionadas à defesa da família, liberdades individuais, além de um “Estado mínimo e menos paternalista e do desenvolvimento econômico e social”.
Quanto às demissões dos colunistas próximos a Bolsonaro e do jornalista crítico ao bolsonarismo, a Jovem Pan se restringiu a comentar, apenas, a saída de Augusto Nunes.
“Em comum acordo, O Grupo Jovem Pan e o jornalista Augusto Nunes entenderam por bem pôr fim à parceria de trabalho que estava vigente há mais de cinco anos, através da empresa do Augusto, Lauda Comunicação Ltda, sem qualquer animosidade ou juízo de valor.
Os termos e detalhes do deslinde não serão objetos de comentários por conta de o contrato de origem estar acobertado e protegido por cláusula de sigilo e confidencialidade. O Grupo Jovem Pan agradece o jornalista Augusto Nunes e deseja sucesso nas novas fronteiras que ele haverá de desbravar”, diz a nota emitida pela empresa.