Depois dos dois vexames consecutivos da seleção, o presidente da CBF, José Maria Marin, começou a planejar o futuro do time nacional sem Luiz Felipe Scolari.
Felipão não é mais o técnico da seleção. De acordo com TV Globo, o treinador deixou o cargo na noite de domingo (13) e fará o anúncio oficial nesta segunda (14). Com ele saem também o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, o auxiliar técnico Flávio Murtosa, o preparador Carlos Pracidelli e o preparador físico Anselmo Sbragia.
No sábado (12), após a derrota de 3 a 0 para a Holanda, o treinador já havia deixado o cargo à disposição.
Antes defensor dos treinadores brasileiros, o cartola já admite a possibilidade de contratar um estrangeiro.
A partir desta segunda (14), Marin vai se reunir com dirigentes da CBF e colaboradores para definir os integrantes da nova comissão técnica.
No sábado (12), Felipão entregou o cargo após o time brasileiro ter sido derrotado, com facilidade, pelos holandeses, por 3 a 0, em Brasília, na disputa pelo terceiro lugar.
A seleção encerrou o Mundial em quarto lugar após uma campanha vergonhosa, com três vitórias, duas derrotas e dois empates.
Antes de perder para a Holanda, a seleção foi goleada pela Alemanha, por 7 a 1, no Mineirão. Foi a maior derrota da história centenária da equipe brasileira.
Embora tenha admitido a possibilidade de contratar um técnico de fora, o dirigente ainda não definiu o alvo.
Ao contratar Felipão no final de 2012 por uma salário de quase R$ 1 milhão por mês, Marin descartou trazer Pep Guardiola, atual técnico do Bayern de Munique. Na época, ele estava desempregado. Hoje, recebe cerca R$ 4,2 milhões por mês no Bayern (R$ 51 milhões por ano).
Já o português José Mourinho, no Chelsea, ganha cerca de R$ 2,5 milhões por mês.
A contratação de um treinador estrangeiro conta também com o apoio de jogadores. Ao deixar o estádio de Brasília, Daniel Alves defendeu a contratação de um técnico nascido no exterior após a série de fiascos no Mundial.
Além da fraca campanha da seleção, Marin começou a cogitar a contratação de um estrangeiro por não se empolgar com os brasileiros.
No mercado nacional, Tite é o seu favorito. Mesmo assim, ele não acredita que o ex-corintiano mudaria radicalmente o estilo de jogo do time.
Além de procurar um novo treinador, Marin quer rejuvenescer o comando da equipe. Ex-jogador do Flamengo e do São Paulo, Leonardo é um dos cotados para substituir Carlos Alberto Parreira na função de coordenador técnico.
Depois que encerrou a carreira de jogador, Leonardo foi técnico e gerente do Milan e também comandou a estrutura do Paris Saint-Germain.
Apesar de em nenhum momento ter descartado a possibilidade de permanecer no cargo, Felipão pretende descansar, a pedido dos familiares, que acham que ele se desgastou demais nessa segunda passagem pela seleção.
O técnico foi um dos poucos vaiados em Brasília após a derrota na disputa do terceiro lugar da Copa.
Folha de São Paulo