Comemorando 90 anos do rádio no Brasil, o 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão que será realizado em Brasília entre os dias 19 e 21 de junho terá como um dos principais temas a serem tratados a possível migração e a digitalização do rádio AM. Desde o segundo semestre de 2011 é discutida e defendida pela Abert (entidade organizadora do congresso) a migração das emissoras de rádio AM para os canais 5 e 6 de televisão, representando a presença dessas estações entre as faixas 76 MHz e 88 MHz no dial FM.
O painel do congresso também irá discutir a digitalização do meio rádio, seja em AM ou FM, assunto que tem frequentemente levantado discussões nas últimas edições de congressos regionais e nacionais do setor de comunicação. Levando em conta que os receptores de rádio, em geral, contemplam AM e FM, e que há no país cerca de 1.800 emissoras AM, é necessário que a escolha do padrão de rádio digital considere a operação nos módulos analógico e digital desde o início de sua implantação ou a possibilidade de migração das atuais estações AM para a faixa de FM.
As possíveis soluções e os critérios para migração tecnológica serão o centro do debate deste painel intitulado “Uma visão estratégica do rádio no Brasil” do Congresso Brasileiro de Radiodifusão, no qual um dos palestrantes será o Secretário de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo Lins. Esse painel terá grande destaque no congresso que será realizado em junho desse ano.
Sobre a migração do AM para os canais 5 e 6
No ano passado a Abert já havia se manifestado a favor da migração, representando a presença das atuais rádios AM também em FM entre os canais 76 MHz e 88 MHz, hoje ocupados pela televisão. Essa migração poderá ocorrer com o fim da TV analógica, situação prevista para acontecer a partir de 2016. A Anatel, agencia que fiscaliza a radiodifusão nacional, também já se manifestou favorável à essa migração. A finalidade é fortalecer o meio AM fazendo ele chegar à mais receptores de rádio que hoje priorizam a faixa FM.
Sobre o rádio digital do Brasil
Recentemente o Brasil retomou os testes para a adoção de um padrão de rádio digital. Já foi testado o padrão europeu (o DRM) e em breve será iniciado uma nova etapa de testes do padrão norte-americano (Iboc). No segundo semestre de 2011 o governo brasileiro chegou a admitir a possibilidade da criação de um padrão próprio de rádio digital e também informou que a escolha de um determinado padrão será com base em aspectos técnicos e econômicos.
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Quando vai ser comercializado radio com frequência, sinal, digital.