A Globo viu seu ibope em junho crescer 0,4 ponto na Grande São Paulo em relação a maio: de 16,6 para 17 pontos. Mesmo assim a emissora teve o menor ibope já registrado nesse mês, desde que a audiência das TVs passou a ser medida, em 1970. O resultado vale para a chamada faixa comercial, das 7h à 0h.
Até então, junho de 2008 fora o pior de todos, com média de 17,1 pontos. Historicamente, junho é um dos meses em que as TVs estão mais ligadas, e quando há mais pessoas diante dos aparelhos. A equação frio + mês de provas + poupar dinheiro para as férias iminentes faz com que, na média, 43% das TVs estejam ligadas –um dos índices mais altos em situação de normalidade (quando não há grandes catástrofes ou competições).
Para efeito de comparação, em junho do ano passado a Globo marcou 18,5 pontos, mas então havia a Copa da África– que, curiosamente, também não elevou o ibope da emissora em relação ao junho anterior (2009), quando também havia marcado 18,5 pontos.
BAND E O ‘EFEITO DATENA’
A medição do ibope também permite ver que a Band acusou o golpe com a saída de José Luiz Datena. O apresentador rescindiu contrato em 15 de junho e voltou para a Record. Em 15 dias sem ele, a Band viu seu final de tarde cair mais de 40% no ibope, o que, na soma, provocou uma queda geral de ibope de 0,4 ponto. A Band caiu de 2,9 em maio para 2,5 pontos em junho, mas com viés de queda (arredonda-se para 2,0).
Pode parecer pouco, mas, para uma emissora que tem média de ibope em torno dos 3 pontos, as casas decimais valem muito.
As outras TVs estagnaram ou tiveram oscilação negativa em junho. A Record se manteve vice-líder, mas caiu de 7,5 para 7,4 pontos (portanto, 7); o SBT continuou em terceiro, com 5,9 pontos; já a RedeTV! caiu de 1,6 em maio para 1,4. No arredondamento, portanto, ficou com apenas 1 ponto no mês.
Folha.com