Morreu na manhã deste sábado (3), aos 79 anos, o locutor e radialista Omar Borges Franco, conhecido como Franco Neto. Franco integrava a equipe da Rádio Jovem Pan desde 1972. Franco Neto foi quem deu o título para a Jovem Pan de “a rádio do Brasil”.
Voz padrão da emissora, ele foi o responsável, durante anos, por dizer o bordão “repita” no Jornal da Manhã. Nos últimos anos, apresentava o programa jornalístico Pan News.
Franco Neto nasceu em 24 de novembro de 1937, em Pindamonhangaba, e aos 15 anos de idade começou sua carreira de rádio-ator na Difusora. Ele passou também pela TV Record, TV Gazeta, pela Rádio Tupi e pela TV Bandeirantes.
Franco estava internado no Hospital Total Core desde a última quarta-feira (31), quando sofreu uma crise de insuficiência cardiorrespiratória.
Franco Neto deixa 2 filhos e 4 netos. O enterro é realizado na cidade de Campinas, no interior de São Paulo.
Perfeccionista
Companheiro de rádio desde a década de 1960, o apresentador Joseval Peixoto lembra que o grande amigo de Franco Neto foi “absolutamente perfeccionista no capricho da leitura do texto até fora do ar”.
“Antes de ir para o ar, Franco tinha o cuidado de ler e saber a pronúncia correta dos nomes de todos os personagens que ele iria citar”, conta Joseval. Franco Neto teve o cuidado de ligar, por exemplo, para o consulado sueco a fim de saber pronunciar o nome do novo secretário-de Estado da ONU à época, Dag Hammarskjöld.
Franco também era profundo conhecedor de música brasileira e internacional.
“O Paradoxo do Nosso Tempo”
Um dos mais bonitos textos da Jovem Pan foi imortalizado na voz de Franco Neto. “O Paradoxo de Nosso Tempo” é uma reflexão crítica sobre a brevidade da vida e a valorização dos valores que realmente importam em tempos de extremo imediatismo. Em seus 79 anos de trajetória, Franco soube não apenas “ganhar a vida”, mas viver a vida. Ouça, leia e relembre AQUI.
Uol