Assassinado repórter policial em Ipatinga Minas Gerais

No começo da madrugada desta sexta-feira (8/3), o repórter policial, radialista e bacharel em Direito, Rodrigo Neto, foi assassinado em Ipatinga (MG), informou o portal do jornal Vale do Aço, publicação em que ele trabalhava. Constantemente ameaçado, ele tinha certeza que as intimidações eram motivadas por sua atividade profissional.

Natural de Caratinga, o repórter apresentava há anos o programa “Plantão Policial”, na Vanguarda AM, a rádio de maior audiência na região, e havia retornado para o jornalismo impresso, no caderno de polícia do Vale do Aço, há cerca de uma semana. Também bacharel em Direito, ele se preparava para prestar concursos públicos. Seu objetivo era ser delegado.

Crime
O jornalista e um colega estavam no “Baiano do Churrasquinho”, no bairro Canaã, local que ele costumava frequentar. Quando Neto abria a porta de seu automóvel, dois homens em uma motocicleta, usando luvas e capacetes fechados, se aproximaram, dispararam e fugiram.

O portal do Vale do Aço afirma que o radialista levou dois tiros de arma calibre 38 – um na testa e um no peito. Mas de acordo com o portal R7, o delegado responsável pelo caso, Ricardo Cesari, afirmou que Neto foi atingido por cinco tiros.

O delegado disse também que ainda é cedo para definir uma linha de investigação. E ressaltou que o Departamento de Homicídios está empenhado em levantar informações sobre o caso.

Neto chegou a ser socorrido com vida e foi levado para o Hospital Municipal de Ipatinga, no bairro Cidade Nobre, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O jornalista era casado e deixa um filho.
Característica que incomodava

“O Rodrigo sempre se pautou por ser um jornalista muito incisivo”, afirma um colega da imprensa local, que preferiu não se identificar. “Sempre foi um repórter investigativo muito contundente”, acrescenta.
Segundo ele, Neto tinha uma característica que o diferenciava. “Ele acompanhava o desenrolar dos fatos. Geralmente, o repórter faz o factual e esquece. Ele não. O Rodrigo tinha uma agenda muito boa, fazia uma ótima apuração. Esse diferencial incomodava muita gente”, afirma.

Neto recebia ameaças há muito tempo e teria relatado várias vezes. Telefonemas e pessoas o vigiando em locais públicos foram levados ao conhecimento do Ministério Público e do Judiciário. “Fica a sensação de insegurança”, comenta. “Não mataram só um cidadão, mas um profissional da imprensa. Deram um tiro na liberdade de expressão”, denuncia.
A imprensa local pede que seu assassinato seja investigado e esclarecido com rapidez, empenho e dedicação. O sepultamento acontece no sábado (9/3), às 10h, no Cemitério Senhora da Paz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Comentarios Recentes

  1. Boa noite

    O resultado dessa bandidagem é a frouxidão das leis. O assassino/mandante mata folgadamente, corre um mínimo risco de ser pego. Se for pego, supostamente condenado por exemplo a uns 30 anos… só que fica uns 4 e volta novamente para perturbar a sociedade. E olha que nem comento o caso do bandido ser de menor.. ai dá até tristeza.
    Sem falar que todo este processo custa uma fortuna para a sociedade. Na minha condição de leigo, nunca vi falar em um juiz apenar um culpado a devolver no mínimo o prejuízo material que deu a vítima. Vejam que quando em um processo qualquer chega a um cidadão que trabalha ou empresa e o juiz o declara culpado, ele faz com que essa pessoa ou empresa arque com os prejuízos da outra parte(o que é correto).. porque então que com esses bandidos/ladrões/menores infratores ou coisa do tipo ele não impõe pelo menos essa pena de pagar o prejuízo.. não ocorre nada… dá-se uma pena que na verdade não é cumprida e o prejuízo e futuras ameças ficam por conta da vítima.

    Além do cidadão de bem/comum estar completamente atado de pé e mão, não tem nem o direito de defesa, pois é proibido ter arma em uma casa ou sítio. Parece que existe uma mensagem subliminar dos comandantes do país, de tudo ser a favor da bandidagem.

    Tem que se ter uma reforma no judiciário, evitado essa demora/embrólio. Pensar em um sistema tipo “Corte” por ex.
    Do jeito que está fica um judiciário pesado, muito caro a nação e que não atende nem de longe os anseios da sociedade.
    As leis penais também tem que mudar urgentemente.

    O jeito por enquanto é votarmos em candidatos que tem claramente esses compromissos de mudança, e depois acompanhar, cobrando posições deles lá no senado/câmara.

    Até

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