Nada além do que 27 dias. Este é o tempo que o empresário e dono de cartório Maurício Sampaio ficou na cadeia. Preso no último dia dois acusado de ter encomendado a morte do cronista esportivo Valério Luiz, Sampaio teve um Habeas Corpus concedido a seu favor no início da tarde desta quinta-feira, e a previsão é que no máximo até as cinco da tarde já tenha sido liberado do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
A liberdade do empresário trouxe revolta a Manoel de Oliveira, pai de Valério, e que desde o início da manhã de hoje está na porta do Fórum acompanhando o julgamento do HC. Mané, que também é cronista esportivo, disse que se sente apunhalado, mas garante que não vai recuar. “Todos nós da imprensa em Goiás estamos ameaçados com a soltura dele, mas eu não vou mudar de Goiânia, vou ficar aqui, só que não sei onde, conforme for pedirei abrigo no Tribunal que mandou soltar esse monstro. Mas isso não vai ficar assim, não pode ficar assim, o Brasil não pode ser o país da impunidade”, reclamou.
A notícia da concessão do HC a Sampaio trouxe surpresa e revolta aos profissionais que aguardavam na entrada do Fórum no Setor Oeste. De acordo com nota divulgada pelo Tribunal de Justiça de Goiás, dois Desembargadores votaram pela soltura do empresário e dois pela manutenção de sua prisão. Um quinto desembargador chegou atrasado e não pôde voltar. Em casos de empate na votação, ainda de acordo com a nota do Tribunal, a opção é sempre pela soltura do acusado. Além de Maurício Sampaio, outras quatro pessoas, entre elas um cabo e um sargento da Polícia Militar estão presos temporariamente acusados de participação no assassinato, ocorrido em 5 de julho do ano passado no Setor Serrinha em Goiânia.
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